Bélgica adere a boicote diplomático contra China na Olimpíada de Inverno
“O governo federal não tem qualquer intenção de enviar algum representante à Olimpíada de Inverno, em Pequim”, afirmou o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo. A decisão da Bélgica vai na contramão da União Europeia, que decidiu não aderir ao boicote liderado pelos Estados Unidos. Países líderes do grupo europeu, como Alemanha, França e Itália, decidiram não acompanhar os EUA.
Por outro lado, a Bélgica reforça um grupo que já conta com Austrália e Reino Unido, que optaram pelo boicote há dez dias. O “boicote diplomático” não afeta as disputas esportivas nem impede a participação dos atletas belgas, britânicos, americanos ou australianos.
Há meses, ativistas pedem um boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim-2022 por supostos abusos dos direitos humanos cometidos pelo governo chinês em Xinjiang e no Tibete e sua repressão política em Hong Kong.
Pequim foi acusada pelos Estados Unidos e outras nações ocidentais de prender mais de um milhão de uigures de maioria muçulmana em centros de detenção em Xinjiang, onde alguns ex-detentos afirmam que foram torturados, estuprados ou esterilizados à força. A China nega as acusações, dizendo que os campos são centros de reeducação projetados para combater o separatismo e o terrorismo islâmico na região oeste do país.
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