Ansiedade e estresse: público infantil apresenta cada vez mais transtornos emocionais

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Outubro também é lembrado pelo Dia das Crianças. Mais do que brinquedos, profissionais pontuam que o mês pode servir de alerta para que os responsáveis estejam atentos a saúde mental dos pequenos, pois está cada vez mais comum o aparecimento de distúrbios e transtornos emocionais em crianças e adolescentes.

Entre as principais alterações de comportamento nas crianças e nos adolescentes durante a pandemia, segundo a psicóloga, Jane Patti, são ansiedade, agitação, oscilações de humor, aumento de apetite, agressividade, depressão, irritabilidade, tristeza, insônia, entre outros.

“Desde o ano passado, foi preciso aprender a conviver com a Covid-19. A sociedade aprendeu muito, cada um de uma forma diferente e com intensidades diferentes”, destaca a psicóloga. “Com as crianças e os adolescentes não foi diferente, porém nem todos os pais e responsáveis têm notado as consequências do medo, do isolamento, da saudade e tantos outros sentimentos vividos neste período”.

Jane comenta que as crianças não têm o mesmo raciocínio lógico de um adulto; elas estão em desenvolvimento, entendem o que ainda está acontecendo, mas de uma forma diferente. Por isso, mesmo em tempos de enfrentamento mais avançado, devido ao esquema vacinal, ainda é preciso que os pais e responsáveis tenham cuidado e continuem prestando atenção nos pequenos.

“Gradativamente, ocorreu um aumento dos casos de estresse e ansiedade no público infantil. Essas condições tendem a interferir no apetite, no sono, no humor e no comportamento. Isso ainda permanece, pois no momento, todos estão em adaptação de retomada do tempo perdido, especialmente, no que se refere aos estudos”, declara.

VÍNCULO AFETIVO – A profissional alerta que ainda é preciso atenção, pois a pandemia não acabou e exige cuidado no que refere a evitar sequelas do que já foi vivido. Ela comenta que para que este período tenha o menor impacto negativo, o recomendado é que as famílias sejam participativas no cotidiano dos filhos, seja nas atividades escolares, em fazer planos, em ouvir os pequenos, em brincar com eles.

“Os familiares, aqueles que possuem convívio diário, devem ser os primeiros a notarem as diferenças de comportamento. Os vínculos afetivos são essenciais para que evitar o sofrimento e permitir que este momento seja enfrentado da melhor maneira possível”, alerta ao salientar a importância do diálogo, de buscar ajuda profissional diante das dificuldades.

Da Redação

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