Desafios da Gestão

Diego Luís Eckstein é coordenador de Tecnologia da Informação

Nestes últimos meses estive realizando uma análise dos últimos anos sobre o que é ser um gestor / líder e quais são os desafios que temos enfrentado nos últimos 5 anos. Dessa forma escrevi uma pequena reflexão sobre o cenário e o que pude observar em um contexto não tão abrangente, mas que vejo ser muito parecido em desafios. De fato, nos últimos anos, as lideranças passaram por uma jornada de desafios onde precisaram testar suas habilidades e resiliência. A rápida transformação digital, que foi acelerada por desdobramentos da pandemia, levou os gestores a adotarem novas ferramentas e formas de atuar, como o formato de home office e híbrido.

Isso não só mudou a dinâmica de trabalhar em equipe, como também demonstrou a necessidade de gerenciamento de tempo e formas de se comunicar mais eficazes, muito embora essa já era uma prática realizada por algumas empresas, a grande maioria ainda atuava de forma mais tradicional.

O desafio da produtividade e do engajamento em ambientes remotos fez com que muitos líderes repensassem sua postura e trabalhassem para construir uma cultura organizacional que investisse no treinamento e na capacidade dos colaboradores de colaborar mesmo à distância. Além disso, o bem-estar emocional vem sempre se tornando uma prioridade na agenda de liderança.

Doenças como estresse, ansiedade e esgotamento foram mais sentidas e expressas, tornando ainda mais necessária a empatia por parte do líder, e uma escuta mais ativa como um posto-chave. Também foi vital construir um ambiente seguro para que os colaboradores pudessem expressar suas preocupações, uma vez que a saúde mental foi prejudicada. O surgimento de políticas de apoio como horários flexíveis e saúde mental – com suporte, foi fundamental para lidar com a opressão que muitas equipes enfrentaram. Os líderes de hoje se desviam da mera aprovação de autoridade e assumem o papel de mentores e apoiadores.

Por fim, a diversidade e inclusão tornaram-se assuntos primordiais e críticos de liderança eficaz. A demanda por equipes diversificadas que sejam capazes de pensar fora da caixa e encontrar soluções inovadoras aprimorou. Os líderes foram forçados a adotar práticas que encorajassem a equidade, desafiando o status quo e proporcionando um ambiente onde todos são aceitos. Construir uma organização de tal mentalidade requer constante vigilância, assim como estar disposto a mudar a cultura da corporação. Deve-se estar preparado para desafiar as suas próprias crenças e aquelas de outros para efetuar a mudança e abertura necessária. Com isso, a liderança torna-se uma prática gerencial completamente nova que não abrange apenas o manejo de tarefas e aumento de produção, mas também a construção de relacionamentos harmônicos e a transformação de um paradigma em que todos se respeitam e colaboram de forma positiva.

Dedicar um tempo para conversas com os colaboradores e apoiá-los na construção de sua carreira faz parte da rotina das novas lideranças.

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