Inflação descontrolada
 
				A pesquisa da cesta básica de alimentos para o município de Toledo, elaborada pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) campus de Toledo, aponta uma alta de 1,47% nos valores entre agosto e setembro de 2021. Considerando-se o valor da cesta básica de Toledo, desde a primeira pesquisa realizada, ocorreu um aumento acumulado de 8,18% em apenas seis meses e a tendência, de acordo com os coordenadores da pesquisa, é mais aumento daqui até o fim do ano. Números muito distantes da inflação oficial, mas que demonstram o quão baixo está sendo o poder de compra do trabalhador comum.
Para se te ruma ideia da defasagem, o valor da cesta básica familiar em Toledo passou de R$ 1.565,07 em agosto, para R$ 1.588,13 em setembro. A cesta básica familiar é calculada considerando os custos alimentares de uma família de três pessoas. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.100. Com a nova previsão para o INPC no acumulado de 2021, o valor subiria para R$ 1.192,40 no ano que vem. Esse valor está R$ 23,40 acima da última proposta oficial do governo para o salário mínimo em 2022, divulgada em agosto, de R$ 1.169.
Considerando que algumas categorias sequer estão tendo o reajuste mínimo, é fato que o fim de ano do brasileiro comum deverá ser bem menos farto que nos últimos anos, fruto não apenas dos reflexos da pandemia, mas de políticas desastrosas que estão levando a economia nacional à bancarrota. Há, claro, fatores externos que influenciam alguns setores, entretanto, não se pode creditar apenas a estes fatores os rumos da inflação galopante que ameaça não somente a economia familiar, mas de empresas, de negócios. A inflação descontrolada é um perigo real, palpável e que precisa ser controlado o mais depressa possível.
Mas o que fazer diante deste cenário?
Para quem não tem perspectiva de aumento dos seus ganhos a saída é reduzir ao máximo as despesas, apertar o cinto ainda mais e torcer para os rumos serem retomados e essa crise que parece sem fim chegar, literalmente, ao fim. Até lá o cidadão comum terá de mudar hábitos, rever conceitos, renegociar o que for preciso – e possível – a fim de conseguir domar o dragão que parecia adormecido, mas que ressurgiu com toda pompa e circunstância como mostram os números mais recentes.
 
			
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