Toledo, o Paraná e recordes na produção e exportação de suínos e frangos
 
				Dilceu Sperafico
Toledo, o Oeste do Estado, o Paraná e o País deveriam participar com grandes eventos comemorativos da 9ª Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), lançada no dia 1º de outubro pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Tendo como tema “Churrasco com carne suína já é de casa!”, a campanha se estende até o dia 17 desde mês e tem o objetivo de divulgar a qualidade do produto nacional.
Considerada como maior vitrine de proteína suína no mercado nacional, a programação tem o desafio de convencer os consumidores brasileiros e inserir a carne suína no seu dia-a-dia e pretende impactar mais de 75 milhões de pessoas de todas as regiões do País.
Toledo, em especial, teria razões fundamentais para integrar o evento, como maior produtor de suínos para abate e matrizes suínas do País, com rebanho de 1,2 milhão de animais, ou 2,9% do total nacional, segundo Pesquisa da Pecuária Nacional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), recentemente divulgada.
Além disso, como se sabe, Toledo detém o maior Valor Produto da Produção (VBP) Agropecuária do Estado há oito anos consecutivos, somando 3,5 bilhões de reais, dos quais mais de um bilhão de reais gerados pela suinocultura, além de sediar desde 1974 a Festa Nacional do Porco Assado no Roleto, um dos maiores e mais conhecidos eventos gastronômicos do Estado e Sul do País.
Entre os Estados, o Paraná ficou em 2º lugar, com rebanho de 6,9 milhões de suínos, perdendo apenas para Santa Catarina, com 7,8 milhões de cabeças e crescimento de 2,8% em 2020. Em nível nacional, segundo projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), divulgadas no final de setembro, apesar das adversidades enfrentadas desde o início da pandemia, a produção e exportações de carnes de suíno e de frango devem registrar crescimento recorde em 2021.
Com relação à carne suína, a produção nacional deverá atingir 4,7 milhões de toneladas em 2021, volume 6,0% superior ao de 2020, com 4,436 milhões de toneladas. Confirmada essa projeção, será novo recorde de produção da suinocultura nacional, que para o mercado doméstico, deverá destinar 3,6 milhões de toneladas, volume 5,5% maior em relação a 2020, com 3,4 milhões de toneladas. Dessa forma, o consumo per capita deverá chegar a 16,90 quilos, índice 5% superior ao de 2020, com 16,06 quilos.
No mercado internacional, as exportações de carne suína deverão somar 1,15 milhão de toneladas, volume 12% maior que as 1,024 milhão de toneladas embarcadas em 2020. Na carne de frango, o levantamento da ABPA indica que a produção nacional deverá atingir 14,2 milhões de toneladas, com 3,5% de crescimento em relação a 2020, com 13,8 milhões de toneladas. Se confirmada a projeção, será também recorde nacional na produção da avicultura nacional.
Desse total, 9,7 milhões de toneladas serão destinadas ao mercado interno, volume 2,0% superior ao de 2020, com 9,6 milhões de toneladas. Com isso, o consumo de carne de frango deverá alcançar 46 quilos per capita, com incremento de 1,5% em relação ao ano passado, de 45,27 quilos.
As exportações de carne de frango deverão totalizar entre 4,5 milhões de toneladas em 2021, volume 7,5% superior às 4,2 milhões de toneladas embarcadas em 2020. Se esse crescimento for confirmado, será mais um recorde da avicultura nacional. Serão, portanto, diversos recordes do agronegócio para os quais contribuímos decisivamente.
O autor é ex-deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado
E-mail: dilceu.joao@uol.com.br
 
			
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