Vandalismo perigoso
 
				Esta semana a sede da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), em Brasília, foi invadida e depredada por supostos apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de integrantes de movimentos como os sem-terra que durante anos foram auxiliados de alguma forma pelas benesses do Governo Federal. Isso é possível perceber pelas imagens que rodaram o mundo, mostrando a fragilidade que tomou conta do país. Qualquer forma de vandalismo é um sinal de alerta, entretanto, quando toma proporções como as desta semana, precisam ser analisadas com maior consciência porque não é apenas uma invasão covarde e uma afronta ao Estado Democrático de Direito, mas um sinal de alerta porque colocou em risco até mesmo a integridade física dos colaboradores e associados da entidade que não tem culpa das desavenças entre os dois principais concorrentes ao Palácio do Planalto em 2022 até agora.
Ao contrário do que dizem entender os invasores em suas pichações – de que a soja não enche prato de comida – a soja e o milho produzidos na mesma área como segunda safra são fundamentais para a produção de carnes, leites, óleos, ovos e derivados. O grão também é utilizado na produção de medicamentos, cosméticos, tintas, colchões, pneus e até biodiesel, combustível ecológico que contribui para a redução de efeitos causados pela poluição nos centros urbanos.
Os insumos utilizados no campo (máquinas, implementos, pneus, fertilizantes e defensivos) são produzidos e preparados nas cidades, assim como tudo que é produzido no campo vai parar nas gôndolas dos supermercados, nas cidades onde estão as indústrias instaladas.
O plantio de soja contribui com a geração e a manutenção de milhões de empregos no campo e, principalmente, nos centros urbanos, graças a toda uma cadeia complexa de comércio, serviços e de logística que se torna necessária com a produção rural. Toledo é um belo exemplo da importância da cadeia da soja e milho no ciclo econômico, afinal, os recordes consecutivos no Valor Bruto da Produção Agropecuária de alguma forma beneficiam a cidade e auxiliam a promover seu desenvolvimento. E assim também é em várias outras cidades da região oeste do Paraná, uma região com o pé vermelho da terra e as mãos calejadas pelo trabalho.
Manifestações como estas que ocorreram na sede da Aprosoja Brasil não constroem nada de bom e são o oposto do que a sociedade brasileira precisa neste momento, que é de união, serenidade e equilíbrio para superar os efeitos da pandemia e da crise econômica que se seguiu, gerar empregos, combater a fome e cuidar dos mais vulneráveis.
 
			
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