Décadas de atraso

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Numa solenidade discreta em função da pandemia do novo coronavírus, nesta segunda-feira (10), a partir das 16 horas, um dos problemas mais crônicos em termos de estrutura da Região Oeste do Paraná começará a ser resolvido. Nesta data o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciará de maneira oficial o início das obras de construção do novo Trevo Cataratas, uma obra que chegará com décadas de atraso, a exemplo de tantas outras que demoraram para serem realizadas ou que ainda sequer começaram a sair do papel.

As décadas de atraso se replicam em outras áreas e somente graças ao surto coletivo causado pela pandemia do Covid-19, quando os leitos de Unidade de Terapia Intensiva chegaram à sua capacidade máxima de atendimento, novos leitos foram disponibilizados. E assim é também na Agricultura, onde faltam servidores para realizar um trabalho mais digno numa região campeã em produção e produtividade. Assim acontece na área da Educação, onde escolas estão sucateadas ou ainda não foram sequer construídas. E outros muitos exemplos poderiam ser dados para demonstrar o desrespeito das administrações estaduais ao longo de décadas para com o oeste.

Menos mal que agora alguns investimentos começaram a ser feitos e, por mais que algumas lideranças não gostem, obras como a ampliação do Aeroporto de Cascavel trazem não somente esperança de uma maior força da região no âmbito nacional, mas também a possibilidade de novos investimentos. Assim também será com o novo Trevo Cataratas, hoje um dos maiores gargalos em termos de logística quando se pensa numa ligação rodoviária com a capital Curitiba. Passar por ali em determinados horários é hoje um exercício de paciência extrema e que pode representar horas de espera numa fila. Uma vergonha para uma região economicamente tão imponente, mas que pela falta de unidade política sempre ficou refém de decisões que deixaram sim o Oeste à margem, isso mesmo com a Amop sendo uma das mais organizadas associações municipais do país.

Décadas de atraso que ainda podem ser recuperadas, desde que haja um esforço coletivo para cobrar a quem de direito maiores investimentos numa região que é acima da média, mas que poderia ser ainda muito melhor e mais desenvolvida.

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