A Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Toledo emitiu, ontem (5), um alerta de risco sanitário em relação à Covid-19. Atenta ao quadro epidemiológico da doença, a equipe da pasta detectou rapidamente o aumento exponencial de casos nos últimos dias, situação que foi agravada pelas festas de fim de ano, quando a circulação das pessoas aumentou consideravelmente. De acordo com os dados oficiais divulgados, foram 15 pacientes que testaram positivo para o novo coronavírus, porém, somente nesta terça-feira (4), foram confirmados 23 novos casos e há 178 pessoas com sintomas de síndrome gripal aguardando resultado.
Enquanto isso, o Pronto Atendimento Municipal (PAM) Dr. Jorge Milton Nunes, unidade referência no atendimento a pacientes com sintomas respiratórios, realizou 256 atendimentos, dos quais 93 foram encaminhados para a testagem para a Covid-19, isso também na terça-feira. Este número é aproximadamente 50% maior que o registrado no dia de maior movimento em dezembro (28), quando 197 consultas foram realizadas e 61 pacientes apresentaram sintomas suspeitos de infecção pelo Sars-Cov-2.
A notícia, infelizmente, não causa nenhuma surpresa, afinal, as cenas vistas nos últimos dias de 2021 revelam apenas aquilo que vinha sendo comum em Toledo e em várias outras cidades do país, ou seja, preocupação zero com a volta de uma doença que não terminou, muito menos deu um até breve. A questão da Covid deveria seguir sendo uma preocupação, entretanto, nem o poder público, muito menos a sociedade em geral pareciam estar preocupadas com os alertas vindos de outras partes do mundo, ainda mais com a chegada de uma nova variante – a ômicron – ou da H3N2, cujos sinais também começaram a ser notados em Toledo, como mostrou o JORNAL DO OESTE esta semana.
E o problema em Toledo só não é maior graças à vacinação em massa. Mesmo que haja ainda quem não acredite nisso, não fossem as agulhas terem sido acionadas de maneira rápida, sem dúvida hoje o cenário poderia ser muito mais preocupante. Resta saber qual será a reação da sociedade diante deste novo quadro que, sim, poderá piorar se o comportamento irresponsável de algumas pessoas seguir sendo o modelo nas ruas. Mas, em se tratando de Brasil, já era visto…
