Mais – bom – senso por favor!

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O anúncio da filiação do ex-juiz federal Sérgio Moro ao Podemos e a ida do presidente Jair Bolsonaro ao PL, aliadas a outras notícias no mundo nacional da política que deverão afetar a eleição geral de 2022, suscitou debates acalorados…em Toledo! Numa prévia do – baixíssimo – nível de discussão que deverá permear a disputa eleitoral no âmbito nacional, em vários grupos de WhatsApp postagens eram feitas sem o menor critério de razoabilidade, de bom senso. Talvez o comportamento de tantas ‘lideranças’ possa explicar porque o Brasil passa por um dos momentos mais delicados de sua história, colocando em risco o fortalecimento da democracia plena e mantendo um status quo que não consegue fazer a sociedade despertar para algumas situações e tornar, enfim, o país a potência que é e na qual poderia se transformar houvesse mais – bom – senso.

Falta praticamente um ano para a disputa presidencial, entretanto, as torcidas organizadas começam a ocupar seus lugares no estádio da política, como fosse a disputa nas urnas uma briga entre gangues travestidas de eleitores. Na vida real, aquela do asfalto quente e dos preços em disparada, nem sempre a verborragia digital se confirma na tendência pretendida. Mais triste foi observar pessoas ditas inteligentes em muitas das discussões ao longo das últimas 48 horas postando – e acreditando – pesquisas sem o menor critério científico, ludibriando a inteligência alheia, mais ou menos como aconteceu na última eleição em Toledo, interferindo diretamente no resultado das urnas.

Fácil também analisar porque Toledo não conseguiu eleger um representante para a Assembleia Legislativa na eleição passada, assim como terá enorme dificuldade para não apenas recuperar esse espaço, mas também para repor a perda na Câmara Federal com a morte de José Carlos Schiavinato em abril deste ano. Os egos são inflados demais e falta humildade para reconhecer virtudes ou ao menos ouvir a opinião contrária e quem sabe modificar sua forma de pensar. E agir!

Bolsonaro, Lula, Moro ou seja lá quem for candidato pouco importa. O mais importante é se deixar de lado a personificação dos agentes políticos como fossem super-heróis capazes de acabar com os problemas históricos que travam o desenvolvimento pleno do Brasil. Mais que eleger um novo presidente é preciso eleger uma nova forma de pensar. E agir!