Online ou presencial

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Fomos impostos a muitas situações diferentes de nossas rotinas e hábitos desde o início da pandemia. Entre essas situações, uma das mais complexas e com grandes discussões ao redor foi e é a educação.

Num primeiro momento, os alunos ficaram alguns dias sem aula pois acreditava-se que logo tudo passaria e as aulas retornariam como comumente eram. Não foi assim que aconteceu. Poder público e privado juntamente com as entidades responsáveis pela educação tiveram que definir a toque de caixa uma nova forma de fazer com que o conteúdo chegasse até o aluno e já existindo o sistema EaD para ensino superior e técnico, ele foi adotado para os menores também.

Não importando a idade, cada aluno passou por uma adaptação e que não foi rápida, foi gradativa e hoje todos os envolvidos já estão nesse processo e adaptados há quase sete meses. A educação é a mesma? Não, não é. Se faz necessário nessa fase a convivência com os professores e colegas? Sim, se faz. Só que existe um ponto e vírgula aqui: qual o objetivo do retorno as aulas agora no final de outubro ou começo de novembro para meia dúzias de unidades escolares? Acham e acreditam que o aluno irá recuperar algum conteúdo ou que esse aluno vai retornar a velha e boa rotina de sentar na carteira e prestar atenção no professor? Não, ele não irá. Ele também passará por um novo processo de adaptação, seja ele da idade que for. E os professores então?

Tem o lado relatado pelo Secretário da Saúde, Beto Preto que as aulas seriam retomadas apenas em algumas cidades onde o índice de óbito seja baixo. Ok, tem um olhar de cuidado, só que a analise não deveria ser mais essa e somente essa.

Desde o início se vê uma educação meio perdida. Atenta sim a forma de repassar o conteúdo, mas esquecendo de outros fundamentais detalhes que poderiam fazer a diferença daqui pra frente na educação dos nossos jovens.

Com a imposição das aulas remotas se percebeu que o formato antigo, professor falando, aluno quieto não é mais o ideal. O aluno agora descobriu que tem acesso ao conteúdo de uma forma muito mais prática que folear os livros e muitas vezes bem mais atrativa. Os responsáveis pelas grades curriculares dos anos letivos deveriam estar preocupados em rever qual conteúdo realmente se faz necessário estar numa “apostila” ou com qual intensidade cada conteúdo pode e deve ser repassado. Reformular essas grades talvez fosse o primeiro debate que as autoridades deviam ter feito, antes mesmo de pensar no plano de retorno as aulas presenciais.

O ano letivo ainda não acabou, mas falta pouco e não vai adiantar colocar alunos e professores em sala de aula, com férias reduzidas ou mais horas de trabalho e estudo. E esgotados emocionalmente com tudo que se passou esse ano, esse anda precisando de férias.

Ano novo, vida nova, não é isso que se diz por aí? Então, ano novo, escola nova, conteúdo novo, aprender novo, dinâmica nova.

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