Ontem (6), a Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário divulgou a lista dos novos ‘bilionários’. Na verdade, a lista traz os nomes dos municípios com os maiores Valores Brutos da Produção Agropecuária (VBP) no estado, todos acima de R$ 1 bilhão. Na liderança segue Toledo, com R$ 3,48 bilhões, seguido por Cascavel (R$ 2,27), Castro (R$ 2,26), Guarapuava (R$ 1,60), Marechal Cândido Rondon (R$ 1,47), Santa Helena (R$ 1,35), Assis Chateaubriand (R$ 1,34), Dois Vizinhos (R$ 1,34), Palotina (R$ 1,32), Tibagi (R$ 1,26), Carambeí (R$ 1,17), São Miguel do Iguaçu (R$ 1,16), Nova Aurora (R$ 1,08) e Piraí do Sul (R$ 1,02).
Dos 14 maiores VBP’s do Estado do Paraná, oito estão na região oeste, mostrando a potencialidade de uma região que ainda não percebeu sua própria força, especialmente na questão política. Uma exceção aqui, outra acolá, em geral o oeste é desprovido de grandes lideranças no âmbito estadual, não recebendo de volta aquilo que produz e os números aí estão para provar não ser pouco. As conquistas precisam ser retribuídas na mesma proporção daquilo que sai das cidades do oeste para os cofres das gestões públicas.
No próximo ano haverá uma nova eleição e os ‘bilionários’ paranaenses, especialmente os do oeste, terão uma oportunidade a mais de marcar território e fazer valer sua condição estratégica na questão econômica. Não que esse valor seja dinheiro em caixa, entretanto, é inegável que existe sim uma contribuição muito grande dos municípios oestinos na construção de uma economia sólida dentro do Estado do Paraná a ponto de colocar o estado sempre entre os líderes em qualquer ranking neste setor e também na geração de empregos.
Essa lista de ‘bilionários’ é apenas mais um ingrediente para que Toledo em especial saiba construir novas lideranças ou então aproveitar a experiência daquelas que já existem para evitar, por exemplo, ações como a mais recente deixando a cidade com menos leitos de UTI Covid adulto que Assis Chateaubriand, hoje com maior força política por ter o deputado Marcel Micheletto atuando de maneira muito próxima do Governo do Estado como secretário de Estado da Administração e Previdência. É algo que faz sim a diferença, ainda mais quando se trata de gestão pública.
