Pensando no futuro

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Ontem (10), o JORNAL DO OESTE foi convidado para participar da entrevista coletiva do heptacampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton. O convite partiu da Petronas, petrolífera da Malásia que patrocina a equipe Mercedes. Mais que as questões esportivas, importante foi perceber a quantidade de ações fora das pistas, tanto do piloto como da própria empresa que está apoiando a recuperação da Mata Atlântica e também desenvolveu uma nova linha de lubrificantes capaz de reduzir a emissão de calor nos motores, garantindo não apenas uma maior durabilidade ou potência, mas principalmente um menor impacto ambiental no mundo.

Hamilton é um apaixonado pelo assunto, tanto que participa da nova categoria do automobilismo que utiliza carros elétricos em ralis mundo afora. Engajado, Lewis Hamilton demonstrou de maneira muito tranquila e humilde o caminho para se estabelecer um lugar diferente para morar no futuro. “A culpa (do desmatamento) não é apenas de um país, mas todos precisam se unir, fazer pequenas mudanças e garantir um mundo melhor para as futuras gerações”, disse o campeão, citando ainda outros exemplos de trabalho social desenvolvido no Reino Unido no campo da educação com pessoas negras e ainda a questão de ética dentro de qualquer área de atuação, um componente indispensável, segundo ele, para o sucesso.

O exemplo de superação e de engajamento de Lewis Hamilton demonstra – um pouco – por que ele obteve tanto êxito em sua carreira. Dentro e fora das pistas. Olhando muito mais além, palavras como ética, trabalho duro, engajamento e consciência social não ficam apenas no campo da divagação ou no ‘ideologismo’ barato tão comum no Brasil. Hamilton fala e age para uma mudança na sociedade, oferecendo realmente uma oportunidade para quem nunca teve chance.

Independentemente do resultado da corrida de domingo, que será no Brasil, Lewis Hamilton é um grande campeão. Quem sabe grandes personalidades nacionais não poderiam aprender com seu exemplo e, ao invés de falar bem do Brasil morando e investindo em outros países, quem sabe não poderiam viver e transformar a realidade nacional aos padrões com os quais estão acostumados.