Uma saúde melhor

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Esta terça-feira pode entrar para a história de Toledo e região caso as propostas efetivamente se concretizem e não sejam apenas sonhos desenhados no papel. É que neste 22 de dezembro de 2020 foi assinada a lei que autoriza a Prefeitura de Toledo a firmar contrato de parceria entre a PUC-PR e a Hoesp, mantenedora do Hospital Bom Jesus. O objetivo é de no futuro construir uma nova unidade hospitalar na região próxima ao futuro Hospital Regional e onde hoje já funciona a Unidade de Pronto Atendimento, na Vila Becker, estabelecendo ali algo muito semelhante ao que acontece na Grande Pioneiro com o Complexo de Saúde erguido em torno do Mini-hospital.

Não é segredo algum as dificuldades enfrentadas pela Hoesp para manter o Hospital Bom Jesus em funcionamento. Não fosse o envolvimento da comunidade, clubes de serviços e a ação de alguns agentes políticos, certamente o hospital já teria fechado as portas. O que seria trágico para a saúde regional e não apenas de Toledo, pois o Bom Jesus é o hospital referência para atendimento de urgência e emergência na área de abrangência da 20ª Regional de Saúde. Entretanto, algumas obras necessárias para tornar o hospital mais moderno e dentro das normas estabelecidas pela Vigilância Sanitária são impossíveis de serem realizadas onde hoje se encontra o hospital. Não por culpa da Hoesp ou de quem quer que seja, pois a unidade foi construída quando Toledo ainda ‘engatinhava’ e seguiu o padrão da época.

Mas os tempos mudaram, as exigências mudaram e o tempo, implacável, não ajuda ao prédio já histórico. Daí a importância se levar adiante essa ideia de construir um novo hospital, mais moderno, amplo e dentro das necessidades não apenas do hoje, mas do futuro de uma região que não para de crescer, de se desenvolver e que certamente vai precisar de um hospital mais adequado, algo que hoje não existe.

O Bom Jesus é uma colcha de retalhos que cumpre seu papel graças ao esforço de uma equipe de profissionais comprometida com a saúde pública. Mas apenas boa vontade não basta para a solução de alguns problemas e os estruturais são vitais para não colapsar um dos mais importantes hospitais da região.