Vamos empurrando…até quando?

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Na edição de hoje é possível acompanhar o amplo relatório apresentado pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente a respeito das condições do aterro sanitário de Toledo cuja vida útil vem sendo postergada gestão após gestão sem que haja uma solução definitiva para a questão do tratamento do lixo doméstico. Vai se empurrando o problema, resta saber até quando, ainda mais porque é sabido há muito tempo ser necessário encontrar outra área ou então ampliar a atual para conseguir atender a demanda produzida na cidade, algo que deverá aumentar ainda mais diante do crescimento registrado nos últimos anos.

O próprio prefeito Beto Lunitti, já em sua primeira passagem pela gestão municipal, tinha consciência da necessidade de se fazer algo – urgente – em relação ao aterro. Depois veio Lucio de Marchi e agora Beto Lunitti de novo e o problema persiste. De acordo com a reportagem do JORNAL DO OESTE, deverão ser investidos em torno de R$ 12 milhões para se tentar resolver os vários problemas demonstrados através do relatório do Conselho do Meio Ambiente, um dos mais organizados e ativos dentro de Toledo.

Mas não bastará apenas aumentar a área do aterro, pois esta também vai se esgotar.

Tão importante quanto essa ação é pensar no futuro para que as próximas gerações possam não apenas gerar menos resíduos, mas também agir de maneira diferente para ampliar a questão da reciclagem, do reuso e até a adoção de meios capazes de reduzir o impacto sobre o meio ambiente, mais ou menos como está acontecendo em relação à energia solar.

Além disso, a situação do aterro sanitário em Toledo leva a outra reflexão: se numa cidade onde existe um Conselho do Meio Ambiente atuante, com um promotor engajado no setor e sendo uma das principais economias do Paraná sofre, o que pensar em cidades menores, onde não existe tanta fiscalização ou uma cobrança maior por parte da sociedade e da própria imprensa? Não se trata apenas do aterro, mas de uma mudança de comportamento muito mais ampla e que passa por aquilo que se pensa do futuro. Da cidade e do meio no qual ela está inserida.