Mauro Picini Moda & Estilo 22/06/2021

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Bruxismo: entenda como a
pandemia pode afetar nossos dentes

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a disfunção afeta mais de 80 milhões de brasileiros

Displeased dark skinned woman suffers from toothache, touches cheek, needs to see dentist, take painkillers, has health problems, closes eyes with pain, dressed casually, isolated on yellow background

Situações de estresse e nervosismo são normais no nosso dia a dia, mas este estado de espírito tem se tornado uma constante na vida do brasileiro neste último ano. Entre um período tão longo de isolamento social, a crise econômica no país e tantos outros cansaços mentais causados pela pandemia, é de se esperar que alterações na saúde de nossa população aconteçam, e um aumento que tem sido observado nos consultórios dentários é o aumento nos casos de bruxismo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o distúrbio atinge 40% das pessoas no Brasil, equivalente a quase 84 milhões de brasileiros. “Tenho observado desde o ano passado uma maior procura nos problemas relacionados à condição, assim como muitos outros profissionais”, comenta doutor Willian Ortega, cirurgião dentista.

O bruxismo é o ato involuntário de pressionar ou ranger os dentes e pode acontecer tanto durante o dia quanto o sono. Apesar de poder ser causado por uma desarmonia no formato da arcada dentária, na maioria das vezes ele aparece como um sintoma da ansiedade e do estresse.

Para Ortega, a necessidade de se conscientizar as pessoas sobre o problema é que, por ser uma válvula de escape inconsciente, o diagnóstico geralmente vem de maneira tardia. “O bruxismo tem diversos sinais, que se manifestam de maneiras diferentes em cada pessoa, por isso são difíceis de perceber se você não sabe o que está procurando”, explica.

O mais comum dos indícios são as dores de cabeça e enxaquecas, que muita gente não relaciona com a dentição. Porém, conforme o distúrbio vai progredindo sem tratamento, podem ocorrer desgastes e quebras nos dentes, estalos ao abrir e fechar a boca. O cirurgião ainda relata que em casos mais extremos, o movimento repetitivo afeta os tecidos que dão suporte à mandíbula, como os ligamentos e músculos da região do rosto.

“Um grande indício que vale a pena observar, é a dor de cabeça ou rosto muito intensa logo quando acorda, indicando que você provavelmente está forçando os dentes durante a noite,” aponta Ortega. Ele ainda frisa que mesmo que não seja o caso, já que a dor na região é normal em momentos de tensão, o bruxismo é muito mais fácil de lidar quando identificado cedo.

O tratamento é focado em reduzir a dor e preservar os dentes, já que a condição não tem cura. A placa dentária em acrílico é indicada na maioria dos casos, produzida sob medida para encaixar entre os dentes protegendo-os do impacto.

Uma alternativa surpreendente é a aplicação do botox, que no caso do bruxismo é utilizado com fins terapêuticos. A substância promove relaxamento muscular e automaticamente diminui a tensão da região. “Em determinados casos a paralização do músculo pode ser benéfica trazendo uma sensação de alívio ao paciente e diminuindo até o uso de medicamentos para dor ou inflamação. O foco é que o paciente não perca a mobilidade mandibular,” esclarece doutor Willian.

Apesar do transtorno não ser perigoso, o desconforto constante prejudica muito a qualidade de vida de quem passa por ele. Por isso para o cirurgião é essencial sempre consultar um especialista, tanto para a parte física quanto mental, já que eles andam juntos quando se trata de bruxismo. “Buscar formas de relaxar e diminuir a ansiedade, como uma leitura leve, filmes, jogos de diversão, meditação ou qualquer outra atividade que cause prazer e relaxamento também é importante para o tratamento”, finaliza Ortega.

Willian Ortega – CRO PR 23.627. Graduado pela UNIPAR (Universidade Paranaense), especialista em Ortodontia e Pós- Graduado em Harmonização Orofacial. Diretor professor da Facial Academy. Especialista em Implantodontia pela Uningá. Consultório Cascavel/PR (45) 9.9809-3334 – Consultório/SP (11) 4329-7854 e Consultório Campinas (19) 3308-3330 Site: www.facialacademy.com.br Instagram: @drwillianortega

Plantas no quarto ajudam a purificar e umedecer o ar
e podem garantir uma noite de sono mais tranquila

Especialista da Esalflores, maior rede de floriculturas do Brasil, indica plantas que podem ajudar pessoas que têm dificuldades para dormir

Cultivar plantas em ambientes internos se transformou em um hobbie de muitas pessoas nos últimos meses. Com o distanciamento social tão necessário em período de pandemia, muitas pessoas passaram a ficar em casa mais tempo, e transformaram a rotina incluindo atividades estimulantes e desestressantes para que a vida em casa não se torne maçante. Além de uma boa distração, ter plantas é uma ótima forma de decoração, dando mais charme aos ambientes, e pode trazer vários benefícios.

De acordo com especialistas, plantas nos quartos, por exemplo, pode melhorar muito a qualidade do sono. “Não há objeções para a presença de plantas no interior de quartos e dormitórios. Inclusive, existem espécies que podem auxiliar na qualidade do sono”, comenta Creuza de Fátima dos Santos, florista da Esalflores, maior rede de floriculturas do país. A especialista preparou uma lista com sugestões de plantas que podem contribuir para um sono melhor.

Babosa: a famosa planta, que pertence a categoria das suculentas, é conhecida pelo seu óleo repleto de vitaminas e nutrientes. Pouca gente sabe, mas ela também consegue purificar o ar, por isso é muito benéfica para espaços fechados, entre eles os quartos. Para continuar saudável, ela necessita de regas esporádicas e sol diário.

Samambaia americana: possui a característica de umidificador natural do ar. Se adapta bem a casas, apartamentos e locais de pouca ventilação desde que sejam bem iluminados. Gosta de umidade e precisa de regas frequentes.

Lavanda: com propriedades relaxantes e tranquilizadoras, é umas das espécies mais indicadas para ambientes internos. Precisa ser exposta a luz natural pelo menos 6h por dia e ser regada apenas quando a terra estiver seca.

Hera: reduz a quantidade de mofo no ar, por isso consegue auxiliar muito na minimização de sintomas de alergias respiratórias. Se a dapta a meia sombra ou sol pleno. Regas de duas a três vezes por semana.

Gérbera: enquanto muitas plantas liberam uma quantidade maior de gás carbônico durante a noite, a gérbera consegue manter a liberação de oxigênio. Ideal para ambientes de meia sombra com duas a três regas por semana.

Crisântemo: tem a característica muito particular de purificar o ar e auxiliar na eliminação das substâncias do tabaco. O ideal é ficar próxima a janela, pois precisa de luz direta. A rega deve ser feita preferencialmente no período da manhã, evitando molhar a folhagem, de duas a três vezes na semana dependendo do aspecto da terra, que deve sempre estar úmida.

Espada de São Jorge: recomendadíssima para melhorar a qualidade do ar. Elas são quase imortais e fáceis de cuidar. Estudos mostram que a Espada de São Jorge ajuda prevenir irritação nos olhos, problemas respiratórios e dores de cabeça.