Dengue: aumento dos focos de larvas deixa Setor de Endemias em alerta

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As chuvas intensas registradas recentemente trazem indícios de que nem toda a população está cuidando dos quintais. Moradores de diversas bairros reclamam do aumento de mosquitos nos últimos dias. Água acumulada é criadouro para as larvas. Nesta semana, o setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Toledo iniciou os trabalhos do quarto Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2021.

“Após um período de seca estamos vivendo outro momento com as chuvas. Por isso, fica o alerta para que seja evitado qualquer tipo de objeto ou condições que deixem água parada. Já notamos o aumento de mosquitos pela cidade. Podemos enfrentar sérios problemas se não cuidarmos logo no início”, pontua a coordenadora do setor de Endemias de Toledo, Lilian Fátima Konig.

Segundo Lilian, existem a preocupação de como será o resultado dessa edição do LIRAa. Ela comenta que é como se a dengue tivesse caído no esquecimento e que se a população não for consciente o município pode enfrentar sérios problemas em relação ao combate da doença.

No terceiro LIRAa, o município apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 0,5% abaixo do aceitável pelo Ministério da Saúde (1%). Foram visitados 1.700 imóveis. Pratos de flores, caixas d’água, piscinas e lixos domésticos foram os principais locais onde os agentes de endemias encontrara focos do mosquito. A projeção é que o quarto levantamento seja concluído ainda esta semana com a visita em aproximadamente 1.700 imóveis.

SEM CASOS DE DENGUE – Os dados do período epidemiológico 2020/2021 apontam que o município teve 515 notificações, sendo 449 delas descartadas. Apenas 11 casos importados e 55 autóctones (contaminados no município) foram registrados, totalizando 66 pessoas confirmadas no período. Ao comparar com o ano anterior (julho de 2019 a julho de 2020) fica evidente a redução de 98,64% no número de casos. Dos 4.863 casos confirmados na época, 4.800 foram autóctones e 63 importados.

“Do dia 31 de julho até o dia 26 de outubro não tivemos nenhum caso positivo de dengue. Os riscos ficam mais elevados em fevereiro e março. Contudo, estamos encontrando muitas larvas e isso preocupa, pois se passarmos a registrar casos positivos ainda em outubro, provavelmente, Toledo poderá entrar em epidemia por conta da curva”, alerta a coordenadora do setor de Endemias de Toledo.

MAPA EPIDEMIOLÓGICO ANTERIOR – No período epidemiológico 2020/2021, no perímetro urbano, as regiões com maior incidência de casos foram os jardins Santa Clara IV, Panorama e São Francisco e o Centro. Já no interior, foi o distrito de Dois Irmãos. A equipe do setor de Endemias, na ocasião, conseguiu agir com rapidez no interior, detectou o foco das lavas e solucionou o problema da infestação.

AUTUAÇÕES – “Reforçamos que o setor de Endemias está muito preocupado, pois percebemos que a população não tem se preocupado com a dengue. Continuamos com os trabalhos de visitas e aplicação de multa diante de situação reincidentes”, aponta Lilian ao citar que em 2020, o Departamento de Endemias registrou 309 notificações e 34 multas, enquanto que de janeiro a setembro deste ano já foram 280 notificações e 14 multas.

AÇÕES DE COMBATE – O Município tem realizado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental e Saneamento os trabalhos do Ecoponto Itinerante. A ação separa um espaço para a comunidade atendida fazer o descarte correto de móveis velhos, eletrodomésticos e eletrônicos, colchões, madeira e restos de podas de árvores, evitando que esses materiais fiquem acumulados nos quintais e lotes. As próximas ações serão pautadas de acordo com os resultados do quarto LIRAa afim de atender as áreas com maior registro de focos de larvas.

Da Redação

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