Ciclista de Toledo percorreu mais de dois mil quilômetros até a Bahia

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Momentos para refletir as vivências de um ano e fortalecer a fé são objetivos do pedal turístico realizado pelo integrante do grupo Pedal Bruto, o ciclista Delmar Hoffmann. O atleta saiu de Toledo no dia 26 de dezembro do ano passado e percorreu 2.170 quilômetros até o município de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. A chegada ocorreu no último dia 11 e retornou ao município em 15 de janeiro.

Delmar conta que a chegada é um momento de emoção. “Os últimos quilômetros são adrenalina pura. O meu único objetivo era cumprir o trajeto e a vontade é de dar todo o ‘gás’”, revela o ciclista ao avaliar que apesar da condição climática, o pedal foi bom e desafiador. “Pedalei com chuva e muito vento. Minha bicicleta quebrou em Uberaba. Consegui realizar alguns ajustes, enfim, superei todos os desafios e finalizei o trajeto”.

No caminho, Hoffmann analisa os obstáculos e as conquistas do último ano, neste caso, dos últimos dois anos, pois ele não fez um pedal desta magnitude em 2020. “Comecei a pensar o próximo pedal, mas ainda é muito cedo para revelar o local”.

De 2021, o ciclista tira ensinamentos valiosos. “A precaução é o melhor caminho; cuidar da saúde é fundamental, principalmente, neste momento de pandemia. Todo mundo perdeu algum ente querido e, por isso, devemos viver e valorizar a nossa vida”.

AGRADECIMENTO – Anualmente, o atleta realiza um pedal em dezembro em forma de agradecimento pelos dias vividos e reflete o que vivenciou no último período. “Esse passeio ciclístico gosto de fazer sozinho. É um desafio mais longo, porém muito importante para mim. Eu consigo me conectar comigo e rever os meus momentos”.

Momentos vividos em um ano e no pedal. Momentos vividos durante o percurso. Hoffmann pontua que a saída de Toledo foi com um clima muito quente. “Depois peguei muita chuva e vento. Geralmente, no período da noite chovia muito e o tempo amanhecia nublado. O pedal mais tenso foi um dia com muito vento. Eu fiz força o dia todo; não consegui relaxar”, recorda o ciclista ao contar que de noite descansava sempre. “Retomava o pedal por volta de 7 horas ou 8 horas e o final do dia dependia o horário que chegava em determinada cidade e o trajeto até a próxima. Quando chovia, o tempo escurecia cedo. Alguns dias encerrei o pedal às 16 horas; outros às 18 horas ou até às 19h30”.

De acordo com o ciclista, antes de descansar, sempre procurava estabelecer a meta mínima e a máxima do dia seguinte. “Pois sabia que as chuvas e os ventos poderiam atrapalhar. Eu estabelecia a meta mínima e, se fosse possível, ia mais longe dependendo do horário. Eu almoçava normal e comi muita manga e laranja na beira da estrada”.

REFLEXÃO – Ao final do trajeto, o sentimento, para Hoffmann, é de gratidão e de fé. “Gratidão por tudo o que aconteceu e fé que tudo pode ser melhor. Se conseguirmos traçar uma meta em qualquer área da vida e seguir é algo importante. Vale a pena sonhar e ir atrás deste sonho”.

O ciclista tem alguns sonhos a serem realizados, como pedalar toda a rodovia BR-163 e passar por todas as cidades do Paraná. Ele já percorreu 90 cidades. “Para isso, preciso planejar a viagem e me preparar melhor. Ter coragem e persistência são fatores fundamentais para fazer um bom trajeto”, afirma Hoffmann ao lembrar que esse passeio ciclístico é o quarto mais longo já realizado por ele. “Eu me sinto feliz quando pedalo. É liberdade total”.

Na Bahia, Delmar conheceu as demais grutas, participou de uma cerimônia religiosa, apreciou as comidas típicas e passeou pela cidade. Porém, segundo o ciclista, retornar para a sua cidade de origem é sempre bom. “Toledo é Toledo. Quando chego aqui parece que muda tudo. Estou preparado para enfrentar e viver mais este ano. Fiz a dose de reforço da vacina contra a Covid-19; anteriormente fui contaminado pelo vírus e me recuperei. Em 2022, quero fazer mais o que eu gosto; quero pedalar mais”.

Da Redação

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