ONU prevê crescimento global de 5,4% em 2021 e avanço de 3% para PIB do Brasil

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A Organização das Nações Unidas projeta que a economia mundial cresça 5,4% neste ano, puxada por uma “retomada forte” de China e Estados Unidos. A covid-19 e o “progresso inadequado na vacinação em muitos países”, contudo, são riscos para uma recuperação disseminada, diz a entidade, enquanto muitos países em desenvolvimento enfrentam o risco de uma “década perdida”. A avaliação é feita no relatório semestral Situação Econômica Mundial e Perspectivas (WESP, na sigla em inglês), publicado nesta terça-feira.

A ONU lembra que a projeção mais recente é maior do que a feita pela entidade em janeiro, de crescimento de 4,7%. “Em meio à rápida vacinação e a continuadas medidas de apoio fiscal e monetário, a China e os Estados Unidos – as duas maiores economias mundiais – estão na trajetória de recuperação”, diz ela. Por outro lado, vários países no sul da Ásia, na África Subsaariana, na América Latina e no Caribe seguem em quadro “frágil e incerto”.

Para muitos países, a produção econômica deve retornar aos níveis pré-pandemia apenas em 2022 ou mesmo em 2023, diz o documento.

O relatório menciona que a Índia é o novo foco global da pandemia, mas também nota que “o pior está longe de terminar para Brasil, Argentina, Peru e Colômbia”. Para a maioria dos países em desenvolvimento, o PIB seguirá abaixo dos níveis de 2019 na maior parte do ano atual. “Em meio a espaço fiscal insuficiente para estimular a demanda, muitos desses países enfrentarão crescimento fraco e estagnado e a perspectiva de uma década perdida”, alerta.

Brasil

Em suas projeções, o relatório prevê crescimento no Brasil de 3,0% em 2021 e de 2,4% em 2022. Ante o relatório de janeiro, as projeções para o País tiveram corte de 0,2 ponto porcentual no ano atual e aumento de 0,2 ponto em 2022.

O Brasil é ainda citado em outro momento do documento, logo após ele mencionar que a política monetária pelo mundo “deve seguir acomodatícia”. “Como já visto no Brasil, porém, a crescente inflação devido a preços mais elevados de commodities e pressões de depreciação cambial podem levar a algum aperto monetário, o que pode minar ou retardar a recuperação”, diz o relatório.