Por que o Brasil não foge à regra do crescimento no uso de serviços de VPN?

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Serviços de VPN, do inglês virtual private network, ou rede virtual privada, em tradução livre, vêm em uma escalada de crescimento, o que pode ser facilmente notado ao observamos algumas estatísticas simples: em 2017, um quarto das pessoas com acesso à internet espalhadas pelo mundo usavam algum serviço de VPN, em 2021, este mesmo índice teve um salto de 31%, o que significa que uma a cada três pessoas no mundo usou uma VPN.

Estes serviços contam com inúmeros benefícios aos seus usuários, que vão desde maior segurança na hora de navegar pela internet, ao evitar a exposição de seus dados, até usos mais mundanos, como desbloquear conteúdo de algum serviço de streaming. Existem diversos serviços disponíveis no mercado, com uma pesquisa rápida logo você pode encontrar aquele que melhor se adequa ao que busca, basta baixar VPN para PC, alguns cliques e pronto.

Como um dos países que lidera índices de digitalização global, o crescimento do uso de VPN também pode ser verificado no Brasil – que ocupa o quinto lugar como país que mais baixou aplicativos no ano de 2019, de acordo com informações da TopVPN, um crescimento de impressionantes 76% em relação à 2018. Boa parte destes downloads se deu a partir de aparelhos Android, o que podemos atribuir à penetração de aparelhos celulares no país, cada vez mais integrados ao cotidiano do brasileiro.

Disponíveis em versões pagas e gratuitas, um dos principais motivos para usuários comuns utilizarem VPNs é o acesso irrestrito ao conteúdo de serviços de streaming restritos por geolocalização. Pesquisas apontam que 70% dos brasileiros assinam ou já assinaram algum destes provedores de streaming, então não é de se admirar que o número de usuários de VPN acompanhe esse mesmo ritmo.

Claro que VPNs têm outras aplicações e uma delas é maior segurança – tendo em vista que o Brasil foi um dos países que mais sofreu com violações de dados em 2021, de acordo com dados da SurfShark. Foram quase 25 milhões de brasileiros afetados, uma queda em relação ao ano anterior, por mais que ainda se trate de muita gente, considerando que o país conta com a quinta população mais conectada do mundo – some-se a isso a tendência do trabalho em casa, também em alta no país, e temos uma receita para a adoção cada vez maior da tecnologia.

O uso corporativo de internet pode se dar das mais variadas formas: trocas de mensagens instantâneas entre colaboradores, reuniões de planejamento (por meio de plataformas como Google Meet, dentre outros), envio e recebimento de e-mails, mas mais importante que isso, pagamentos e consultas bancárias, que podem responder por até 92% do uso de internet por parte de uma empresa, o que naturalmente exige um grau extra de segurança. Agora imagine se o tráfego destas informações é realizado sem uma camada adicional de proteção, como a oferecida por VPNs – soa arriscado, não é mesmo?

Fato é, que a adoção de VPN é uma boa ideia não apenas para o usuário comum, pessoa física, mas também por parte de empresas que querem garantir a segurança de seus dados, então não seria nada surpreendente se os índices de uso desta tecnologia no país ultrapassassem os 76% registrados entre 2019 e 2018 – dada a alavancagem do país rumo cada vez mais ao digital.

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