Engenheiros Agrônomos destacam produção de alimento no Paraná

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As tendências e o desenvolvimento das questões ligadas a produção agropecuária e ao agronegócio como um todo são abordadas no 19º Congresso Paranaense de Engenheiros Agrônomos. O município de Toledo sedia esse evento desde a última terça-feira (16) e o encerramento acontece hoje (18).

Nesta edição estão sendo debatidas as principais tendências do setor envolvendo lideranças do setor produtivo e de comercialização, as novas tecnologias e inovações, aspectos relativos as políticas públicas, além de envolver as universidades, assistência técnica, pesquisa e demais entidades do setor.

O presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (FEAPR), engenheiro agrônomo Clodomir Luiz Ascari, explica que o agronegócio na região Oeste do Paraná é representativo e ao mesmo tempo traz responsabilidades aos engenheiros agrônomos. “Nós temos a missão de estarmos sempre atualizados e não podemos desperdiçar informações. Os recursos na ciência e na tecnologia devem ser utilizados em suas plenitudes”.

Produzir alimento é uma missão que está cada vez mais nas ‘mãos’ do Brasil. Ascari acredita que no futuro, o Brasil será na produção de alimentos como os Emirados Árabes é na produção de petróleo. “Há 60 anos, o Brasil importava alimento. Esse cenário mudou e o engenheiro agrônomo teve papel fundamental nisso. O Paraná é o Estado com a maior produção de alimento por metro quadrado no mundo e ao promover um evento semelhante ao Congresso, nós reconhecemos a responsabilidade da atuação de um engenheiro agrônomo, do ensino, da pesquisa e da extensão”, afirma o presidente da FEAPR.

ABASTECIMENTO – A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) começou em março de 2020 e enquanto vários profissionais suspenderam suas atividades, o agronegócio não paralisou. “Nós registramos algumas baixas de profissionais que sempre estiveram na linha de frente, mas as pessoas sempre encontraram os alimentos nos supermercados. Não faltou comida!”, recorda Ascari.

Durante a pandemia, o que chamou a atenção do presidente da Federação é que cada profissional sabia qual era o seu dever. “O profissional estava encorajado a trabalhar, pois ele sabia que precisava produzir os alimentos. Nós não sofremos com o desabastecimento e mantivemos a diversidade de alimentos”.

De acordo com Ascari, o Brasil continuará sendo o líder na produção de alimentos e o mundo pode esperar muito do País. Ele pontua que os desafios são diversos, mas eles precisam ser superados. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que em 2050 a população mundial deve atingir o índice de 10 bilhões. “O Brasil produz alimentos para mais de um bilhão e estratégias serão estabelecidas para ampliar esse número”.

O presidente da FEAPR menciona que o Brasil vive em um momento de grandes e aceleradas transformações e, com isso, os desafios profissionais são muito grandes, necessitando que a categoria esteja atenta a estas transformações e discutindo novos rumos”.

O EVENTO

O Congresso Paranaense de Engenheiros agrônomos reúne profissionais de todo o estado do Paraná e temas relativos a organização profissional, a inserção da categoria no mercado de trabalho e também as tendências e o desenvolvimento das questões ligadas a produção agropecuária e ao agronegócio como um todo são abordadas. O evento da categoria tem sua realização bianual, sendo que esta edição estava prevista para ocorrer no ano de 2020, mas face a superveniência da pandemia acabou sendo prorrogada para este ano.

Confira mais pronunciamentos das autoridades durante a abertura do 19º Congresso Paranaense de Engenheiros Agrônomos:

– “O Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) é composto por mais de 60 entidades e as prefeituras tentam criar ambientes mais favoráveis para o desenvolvimento da região. O município de Toledo é uma cidade pujante e o aumento da produtividade é o reflexo da pesquisa, da atuação do engenheiro agrônomo e de cada profissional que auxilia o produtor rural. De ‘peito aberto e olhos para cima’ a nossa profissão é uma das mais importantes. Somos os responsáveis por produzir com qualidade”, presidente do POD, o engenheiro agrônomo Rainer Zielasko.

– “O Confea por meio de suas políticas de patrocínio contribui para o financiamento das entidades de classes de todo o Brasil. Os patrocínios permitem que essas entidades realizem eventos e publicações que contribuem com a valorização dos nossos profissionais. Além disso, preciso destacar que no dia 11 de novembro aconteceu a primeira eleição on-line do Confea e foi um sucesso. Uma demanda antiga dos profissionais. Com isso, nós conseguimos democratizar e ampliar o acesso ao voto. Uma vitória de todos”, conselheira suplente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) Márcia Laino que representou o presidente Joel Kruguer.

– “O Congresso é classificado como um encontro fundamental para todas as entidades. As experiências vividas no passado foram aplicadas e a evolução aconteceu. Nós temos um passado, um presente e um futuro. Dias atrás acompanhei uma fala do chefe da Casa Civil do Estado e ele destacou a importância de Toledo no Paraná. Estamos em um Estado que ‘abre portas’ e demonstra que produção e desenvolvimento econômico são compatíveis. Toledo é um pouco do retrato do Paraná. O agronegócio do Município traz a riqueza para a sua terra”, prefeito de Toledo Beto Lunitti.

– “O município de Toledo foi criado em 1952 e na primeira legislatura tinha um profissional, o qual foi trazido para Quatro Pontes com o objetivo de fazer experimentos pela Maripá. Óbvio que ele viu que se plantando tudo dava, mas se tivesse um engenheiro agrônomo tudo que é fosse plantado poderia dar mais. Hoje, o município de Toledo mesmo com uma pequena área é campeão no VBP, porque tem agricultores que assimilam as tecnologias e engenheiros agrônomos que orientam os produtores rurais. Eu fui o primeiro secretário de Agricultura e Meio Ambiente em 1983 e me orgulho disso”, presidente da Câmara de Vereadores de Toledo, Leoclides Bisognin.

Da Redação

TOLEDO