Brasil encerra Pan de Ginástica com 11 medalhas neste domingo e vagas olímpicas

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O Brasil encerrou a sua participação no Pan-Americano de Ginástica Artística, disputado na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, da melhor maneira. Neste domingo, último dia de competição, Caio Souza foi o destaque brasileiro ao conquistar três medalhas de ouro – argolas, barras paralelas e salto. Ao todo, o País obteve 11 medalhas, dentre elas os ouros de Ana Luiza Pires no solo e Lorrane Oliveira nas barras assimétricas. O campeão mundial Arthur Nory competiu na barra fixa e ficou em sétimo lugar.

“Fico feliz com a minha competição, foi um ótimo trabalho. Só um pouco chateado pela queda no cavalo, mas do resto estou satisfeito com o que aconteceu hoje. Agora é só fazer a reta final de preparação para a Olimpíada e corrigir um detalhe aqui e outro ali”, disse Caio Souza.

Ouro no individual geral no último sábado, quando conseguiu a vaga aos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Rebeca Andrade foi poupada das provas deste último dia. Mesmo sem competir, ela esteve na Arena Carioca 1 para ajudar a delegação brasileira, que terminou a competição na liderança do quadra geral de medalhas.

Rebeca conquistou vaga nominal e fará companhia a Flávia Saraiva, que se classificou para a Olimpíada no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, em 2019. Lorrane Oliveira, que também lutava por um posto, ficou em quarto lugar, atrás da argentina Martina Dominici, que já estava classificada para Tóquio-2020, e da costa-riquenha Luciana Alvarado, que também vai ao Japão. Se Rebeca não tivesse ficado à frente, Lorrane teria obtido a vaga ao lado de Luciana.

“Estou muito feliz com a minha apresentação. Minha carreira na ginástica foi muito brilhante e, ao mesmo tempo, muito difícil. Foram várias situações que tive que enfrentar. A gente ficou muito tempo sem competir e disputar uma competição, mesmo no nosso País, e manter a calma, foi muito difícil. Tentei manter essa calma durante a competição inteira e deu certo. Sou muito grata ao Xico (Francisco Porath), meu treinador desde que sou pequenininha, que me entende, que entende as minhas limitações e me respeita, independentemente do que aconteça, da equipe multidisciplinar, que me ajuda a ficar forte, que deixa a minha mente ficar boa”, disse Rebeca.

A outra vaga olímpica do Brasil foi conquistada por Diogo Soares, na última sexta-feira, ao obter a terceira colocação no individual geral, com o somatório de 82.700 pontos nos seis aparelhos. A primeira colocação também foi obtida pelo Brasil – Caio Souza, que não era elegível a uma das vagas por ter feito parte da equipe que conquistou vaga no Mundial de Stuttgart, somou 84.450.

“Foi literalmente um sonho realizado. Porque eu sonhei com esse resultado, estava com dificuldade para dormir por conta da ansiedade e acabei sonhando com esse resultado. E por incrível que pareça foi 95% igual ao meu sonho. Foi maravilhoso, não tem nem como explicar a felicidade que estou sentindo agora. Muito tempo sem competição, fiz exatamente o que precisava. Não vou sair daqui achando que poderia ter feito mais, porque para mim foi um dia perfeito”, disse Diogo, ginasta de apenas 19 anos, que já tem no currículo a prata na barra fixa e o bronze no individual geral dos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, na Argentina, em 2018, e prata nas argolas no Mundial Juvenil de 2019.