De olho no Boca, Atlético-MG tenta ampliar boa fase em clássico com o América

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Após emplacar uma série de três vitórias no Brasileirão, o Atlético-MG conseguiu a tranquilidade que precisava para lidar com a sequência importante que tem pela frente. Neste sábado, às 19 horas, o time alvinegro joga contra o América Mineiro, no Independência, pela 11ª rodada do campeonato nacional, mas, mesmo se tratando de um clássico, a cabeça já está nas oitavas de final da Libertadores, contra o Boca Juniors, o que deve levar Cuca a escalar um time alternativo em Belo Horizonte.

Os recentes triunfos sobre Atlético-GO, Cuiabá e Flamengo recuperaram o Atlético-MG, que vinha de três jogos sem vitória. Com isso, a equipe foi parar na quarta colocação, com 19 pontos, a três do líder Palmeiras. Adversário deste sábado, o rival América está bem atrás, com apenas nove pontos somados, em 15º lugar, brigando para se afastar da zona de rebaixamento.

O último encontro entre os rivais mineiros foi na final do campeonato estadual. Na ocasião, os atleticanos levantaram a taça depois de um empate sem gols no jogo de volta, no Mineirão. Sem a importância de uma final, a nova edição do clássico não vai ser preterida por causa do encontro com o Boca Juniors, na terça-feira. É o que garante o técnico Cuca, que admite a possibilidade de poupar jogadores desgastados, mas diz que isso não significa desvalorizar o jogo ou o Brasileirão.

“Não vamos abrir mão do Brasileiro de forma alguma. Lógico que se tem jogadores desgastados é outra situação. A gente trabalha em equipe junto à fisiologia, que hoje dá todos os números para você saber o que fazer para correr menos riscos de ter jogadores lesionados e eles jogarem saudáveis, frescos. Então, eles têm que jogar descansados e se a gente sentir que eles estão cansados, a gente faz a troca”, avaliou o treinador.

Para o clássico, Cuca contará com o retorno do lateral-esquerdo Dodô, recuperado de uma lesão muscular na coxa esquerda. O jogador é uma alternativa importante para suprir a ausência de Guilherme Arana, que se prepara com a seleção olímpica para a disputa dos Jogos de Tóquio.

Já Marrony e Eduardo Vargas, com lesões no joelho direito e panturrilha direita, respectivamente, foram confirmados como desfalques. O meia Nacho Fernández, se recuperando de lesão na coxa esquerda, segue de fora, mas há expectativa de que ele jogue em Buenos Aires.

LONGO JEJUM – Para voltar a vencer e reagir na competição – o América está na 16.ª posição, com nove pontos, apenas dois pontos longe da zona de rebaixamento – o time terá que quebrar um longo jejum. São cinco anos sem vencer o rival. No período, foram 16 jogos disputados, com 11 derrotas e cinco empates.

A última vitória aconteceu no primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro de 2016. Na ocasião, o América bateu o Atlético por 2 a 1 no Independência. No segundo jogo, um empate deu o título estadual ao América naquela temporada.

Os dois times também fizeram a final do Campeonato Mineiro deste ano. Depois de dois empates nos dois jogos, o Atlético se sagrou campeão por ter feito a melhor campanha durante a competição.

Para este clássico, o principal trabalho de Vagner Mancini será na parte psicológica. Mesmo porque depois da goleada houve pouco tempo de trabalho de um jogo para o outro. O treinador deve mudar a formação do time, mas manteve o mistério.

“Difícil a gente falar isso neste momento, agora. Eu tenho que parar, analisar o time do Atlético também. Então, por isso, a gente tem que estudar bem o adversário, montar uma boa estratégia. Com certeza, vai ser um grande jogo. Temos que recuperar a autoestima desse grupo”, explicou Mancini.

Nesta sexta-feira, o clube anunciou a chegada do atacante colombiano Orlando Berrío, de 30 anos. Ele atuou no Flamengo de 2017 até julho de 2020 quando se transferiu para o Khor Fakkan, dos Emirados Árabes. Após sete meses sem participar de nenhum jogo, ele rescindiu e estava parado desde fevereiro. O América-MG assina com o jogador até o fim deste ano. Berrío se apresenta em Belo Horizonte na próxima semana.