Pia Sundhage valoriza últimos compromissos da seleção feminina antes da Olimpíada

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Os últimos passos da seleção feminina até os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 foram oficialmente definidos. A coordenadora de Seleções Femininas da CBF, Duda Luizelli, anunciou a programação da equipe nacional na última janela de Data Fifa antes da Olimpíada, de 7 a 15 de junho. Nela, o Brasil enfrentará dois adversários em jogos preparatórios: Rússia, no dia 11, e Canadá, no dia 14.

“Devido a todas dificuldades que tivemos, sempre tivemos um plano A, B, C. Dessa vez, com todos os esforços conseguimos, tomando todos os cuidados com os protocolos, viabilizar essa viagem para a Espanha para estes dois grandes amistosos”, ressaltou Duda.

A técnica sueca Pia Sundhage exaltou a oportunidade de encarar as seleções da Rússia e Canadá e testar sua equipe às vésperas dos Jogos Olímpicos. Além de se mostrar animada para o que está por vir, a comandante fez questão de comparar a origem das atletas da atual convocação com as de suas primeiras listas, quando ainda era recém-chegada no comando. Segundo ela, o crescimento do número de jogadoras atuantes no futebol nacional está estritamente relacionado ao crescimento da modalidade no país.

“Me sinto sortuda por podermos disputar esses jogos na Espanha antes dos Jogos Olímpicos. Finalmente nós vamos jogar, queremos competir da melhor forma nos Jogos Olímpicos, essas duas partidas são muito importantes. Outra que queria ressaltar é que, há quase dois anos, na minha primeira convocação, se você parar para analisar de onde essas atletas vêm, era algo completamente diferente. Hoje temos mais jogadoras de times brasileiros do que da Europa e Estados Unidos. Isso significa que os treinadores brasileiros têm feito um papel importante, por isso tratamos de ter sempre um bom diálogo com eles. Só juntos que conseguiremos fazer algo excelente nos Jogos Olímpicos”, destacou a treinadora do Brasil.

Pia também analisou as características de Rússia e Canadá. Já de olho na Olimpíada, a técnica da seleção evitou comparações com as equipes que o Brasil enfrentará em seu grupo em Tóquio. Entretanto, afirmou que a chance de competir às vésperas dos Jogos Olímpicos é crucial para determinar os últimos ajustes e consolidar a confiança de suas comandadas.

“Infelizmente, não tivemos a oportunidade de jogar exatamente com os mesmos oponentes, como a China, por exemplo. Mas fizemos um ótimo trabalho de examinar como a China joga. Quando falamos da Rússia, é uma equipe bem dura e difícil, um time que tem um ótimo jogo de um para um. Já o Canadá, jogamos contra elas algumas vezes, estamos bem familiarizados com suas jogadoras, além, claro, de também serem um oponente olímpico. A coisa mais importante é que temos a oportunidade de treinar e nos preparar para os jogos. Nem a Rússia nem o Canadá serão exatamente semelhantes à China, Holanda e Zâmbia. Mas são jogos e estou muito grata por isso”, concluiu.