Rosamaria: “A ficha só vai cair quando a gente entrar na Vila Olímpica”

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Arrumar as malas faz parte da rotina de qualquer atleta, mas este momento se torna mais especial quando o destino é o principal sonho da carreira: a sede dos Jogos Olímpicos. E isso não foi diferente para Rosamaria, oposta/ponteira da seleção brasileira feminina de vôlei, que pela primeira vez vestirá a camisa do Brasil em uma Olimpíada. A delegação embarca na noite desta segunda-feira, dia 12, para Tóquio, onde estreará no próximo dia 25, contra a Coreia do Sul, em busca do tricampeonato olímpico.

“Agora é que começou a bater a ansiedade e as coisas começam a se tornar mais concretas. Para ser sincera, a ficha ainda não tinha caído muito bem, e acho que só vai cair mesmo quando a gente chegar em Tóquio e entrar na Vila Olímpica. É uma mistura de emoção e ansiedade para tentar entender o que está acontecendo e o que está para acontecer”, disse Rosamaria.

Após a conquista da medalha de prata na Liga das Nações, as jogadoras ganharam alguns dias de folga e retornaram aos treinamentos. “Esses últimos dias foram muito legais. A gente treinou bastante, em um ritmo muito alto. Nos dedicamos mais do que 100%, principalmente, nessa última semana que foi muito proveitosa, em Saquarema”, afirmou Rosamaria.

A jogadora não coloca o Brasil entre os favoritos à medalha de ouro nas Olimpíadas, mas vê o time com chances de pódio. “Acho que a gente tem uma equipe muito forte, com muitas jogadoras experientes e outras que disputarão a primeira Olimpíada, assim como eu, mas que já acumulam experiências internacionais e que estão na seleção há bastante tempo. Acho que temos um grupo interessante, versátil, que pode jogar muito rápido e surpreender. Embora não sejamos muito altas, temos um elenco muito bom tecnicamente. Não somos favoritas, mas temos chances de brigar lá em cima. Como sempre, o Brasil está trabalhando e batalhando muito”.

Na primeira fase dos Jogos Olímpicos, o Brasil enfrentará as seleções da Coreia do Sul, República Dominicana, Japão, Sérvia e Quênia. “É um grupo bem equilibrado. A grande maioria dos times a gente já conhece. Só não enfrentamos o Quênia. A Sérvia estará com um time completamente diferente da Liga das Nações, é a atual vice-campeã olímpica, e acredito que seja uma das favoritas. Serão jogos muito diferentes, como é de praxe em Jogos Olímpicos, mas vamos focadas para iniciarmos da melhor maneira possível em Tóquio”, completou Rosamaria.

Fã de Simone Biles

Se puder e tiver tempo para “tietar” algum atleta de outro país, Rosamaria não esconde o seu desejo de encontrar a ginasta norte-americana Simone Biles, que conquistou quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. “Sou fã dela. Sempre acompanho a ginástica pela TV quando posso. Além de ser um esporte esteticamente lindo de ver, com os movimentos, a dança, acho de uma dedicação absurda. Muita precisão e delicadeza juntas”.

Da Assessoria