FBI identifica sequestrador de reféns morto no Texas; Biden fala em terrorismo

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou, neste domingo, 16, como um ato de terrorismo a tomada de reféns no sábado, 15, em uma sinagoga no Estado do Texas e pareceu confirmar que o agressor, que morreu depois, exigia a libertação da terrorista condenada Aafia Siddiqui. “Esse foi um ato de terrorismo relacionado a alguém que foi detido há 15 anos e está preso há 10 anos”, declarou Biden à imprensa, durante uma visita a uma organização de ajuda contra a fome na cidade da Filadélfia.

O FBI (polícia federal norte-americana) informou na tarde deste domingo que o sequestrador era um cidadão britânico de 44 anos chamado Malik Faisal Akram.

“Neste momento, não há indicação de que outros indivíduos estejam envolvidos”, disse um comunicado do FBI em Dallas, acrescentando que os investigadores continuam analisando evidências da sinagoga.

Malik Faisal Akram foi baleado e morto depois que o último dos reféns foi solto por volta das 21 horas de sábado (hora local, meia-noite no Brasil) na Congregação Beth Israel, perto de Fort Worth. No comunicado, o FBI não forneceu um possível motivo para a ação.

Akram pode ser ouvido reclamando em uma transmissão ao vivo pelo Facebook e exigindo a libertação de uma neurocientista paquistanesa que foi condenada por tentar matar oficiais do Exército dos EUA no Afeganistão.

As porta-vozes do FBI e da polícia se recusaram a responder perguntas no sábado à noite sobre quem atirou em Akram quando o impasse terminou.

Siddiqui, que é conhecida em círculos de contraterrorismo como “Lady Al-Qaeda”, era ligada ao líder de grupo dos ataques do 11 de Setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e já fez parte da lista do FBI de terroristas mais procurados.

Educada nos EUA – ela estudou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) – Siddiqui foi presa em 2008 no Afeganistão transportando cianeto de sódio, além de documentos descrevendo como fazer armas químicas e bombas sujas e como usar o Ebola como arma.

Enquanto agentes do FBI tentavam interpelar Siddiqui, ela agarrou uma arma deixada sobre a mesa na sala de interrogatório e disparou neles. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS