Kerry afirma que década é decisiva para o clima, e G20 deve liderar pelo exemplo

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O enviado especial para o clima do governo dos Estados Unidos afirmou nesta terça-feira, 18, que os anos entre “2020 a 2030 serão a década chave para as decisões” climáticas. “Se o G20 não reduzir emissões nos próximos dez anos, seremos responsáveis por negar que o resto do mundo controle a temperatura”, indicou Kerry em entrevista à DW, em Berlim, onde se reuniu hoje com autoridades.

“É importante que maiores emissores liderem pelo exemplo”, destacando além dos EUA, a União Europeia, a China, a Índia e citando alguns “outros países”. Segundo o enviado, em Glasgow, onde será realizada a COP 26 neste ano, o “mundo menos desenvolvido saberá que iremos oferecer US$ 100 bilhões”, uma referência à promessa de economias desenvolvidas de destinar tal verba para compensar as outras nações.

Segundo Kerry, há “uma série de investimentos indo do setor privado para energias renováveis”, se dizendo otimista no tema, e indicando acreditar que “somos capazes” de realizar transição.

Ainda hoje, a Associated Press publicou que Kerry disse a repórteres que Washington está estudando a possibilidade de introduzir uma taxa sobre as importações de países que não tributam grandes poluidores, mas advertiu que tal medida poderia acarretar riscos. Segundo o enviado, o presidente Joe Biden instruiu as autoridades dos EUA a examinarem “quais são as consequências, como se faz o preço, e qual é o impacto”.