Líderes chamam violência em Washington de ataque à democracia e pedem transição
Do outro lado do Canal da Mancha, as reações dos líderes da União Europeia foram no sentido de olhar para o governo Biden. Em seu Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou estar “olhando à frente” para a administração do democrata, e disse acreditar no força das instituições e da democracia dos EUA. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, chamou os eventos de um “choque”, e afirmou que o Congresso dos EUA são um “templo da democracia”. O Alto Representante do bloco, Josep Borrell, afirmou que a democracia americana hoje esteve sob “sítio”, e que foi um ataque nunca visto às instituições e ao Estado de direito do país.
O ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Mass, afirmou que os “inimigos da democracia ficarão felizes em ver as fotos”, indicando que palavras inflamatórias “tornam-se atos violentos”, e fez um paralelo das cenas de Washington com o Reichstag, em Berlim. “O desdém pelas instituições democráticas é devastador”, afirmou Mass.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, publicou uma declaração “repudiando os ataques contra as instituições”, e afirmando que o exercício da força e do vandalismo constituem um “sério ataque” ao funcionamento da democracia. “Exigimos o retorno à tão necessária racionalidade e a conclusão do processo eleitoral de acordo com a constituição e os procedimentos institucionais correspondentes”, conclui o comunicado.