Macron e Merkel se reúnem e garantem cooperação mesmo com eleição na Alemanha

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O presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu a chanceler alemã, Angela Merkel, nesta quinta-feira, 16, em Paris, a dez dias das eleições gerais da Alemanha. Em coletiva de imprensa antes da reunião, ambos buscaram garantir que a cooperação entre os dois países seguirá apesar das tratativas políticas para o comando em Berlim.

“Queremos fazer todo o possível do lado alemão para que não haja paralisação nas decisões necessárias que devem ser tomadas”, afirmou Merkel sobre as possíveis negociações para a formação de um novo governo. “Sei que haverá datas políticas importantes na Alemanha nas próximas semanas, afirmou Macron, que manifestou desejo de trabalhar lado a lado nas grandes questões com a atual chanceler até que haja um novo comando em Berlim.

Entre os temas específicos da relação franco-alemão, Merkel disse que “a agenda do clima é muito ambiciosa”, e que “temos de garantir que sejamos muito progressistas na proteção do clima e, ao mesmo tempo, não perdemos a nossa base industrial na Europa”. Segundo a alemã, os países vem trabalhado em toda uma gama de áreas tecnológicas, no que diz respeito à inteligência artificial e à indústria de chips.

Sobre a presidência rotativa francesa no Conselho da União Europeia, que começa em janeiro, Macron afirmou que Alemanha e França estão a trabalhando em estreita colaboração nesta agenda comum. “Continuamos o nosso debate sobre as grandes prioridades sobre as quais pretendemos obter resultados no semestre da Presidência, nomeadamente no domínio da legislação climática, a fim de cumprir os nossos objetivos de redução dos gases com efeito de estufa”, afirmou o francês.

Além disso, “queremos aprovar uma legislação digital, tomar medidas contra conteúdo ilegal, regulamentar as principais plataformas online e fortalecer nossa segurança cibernética”, concluiu Macron. Dentre outros temas que os líderes afirmaram que iriam discutir, estiveram as relações com a China, a situação no Indo-Pacífico e a questão nuclear com o Irã.