Faesp critica suspensão europeia de importação de carne por desmatamento

“Foi uma decisão unilateral, baseada em ilações, sem levar em conta, de fato, quem realmente atua na pecuária em áreas de desmatamento”, declarou Meirelles na nota.
O anúncio da suspensão da compra de carne com origem do Brasil ou produtos de carne ligados à brasileira JBS foi feito pelo grupo holandês Ahold Delhaize (que inclui as marcas Delhaize e Albert Heijn), a também holandesa Lidi Netherlands (que pertence ao grupo alemão Lidl), a belga Carrefour Belgium (subsidiária do grupo francês do mesmo nome), a francesa Auchan e as britânicas Sainsburys e Princes Group.
Os boicotes foram anunciados após uma acusação das ONGs Repórter Brasil e Mighty Earth, de que a brasileira JBS compra reses criadas em áreas desmatadas, o que foi refutado pela empresa.
“Este tipo de denúncia deve ser devidamente investigada para saber qual a real situação. Além das empresas, existem diversas autoridades reguladoras e fiscalizadores e entidades representativas, como a Faesp, que poderiam fornecer informações mais precisas. A suspensão pura e simples não é uma boa solução para nenhuma das partes”, disse Meirelles. “Mesmo porque se a denúncia não for apurada corretamente, pode parecer um protecionismo disfarçado”, complementou o presidente.
Meirelles declarou, ainda, que “a Faesp, ao lado de outras entidades, vai procurar estas empresas para protestar contra o boicote e oferecemos todo o suporte para o setor da pecuária”.
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