Associação Paranaense de Suinocultores celebra 50 anos de implantação

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A Associação Paranaense de Suinocultores (APS) e a Associação dos Criadores de Suínos do Oeste do Paraná (Assuinoeste) celebraram juntas mais um ano de implantação. As festividades ocorreram, no último sábado (20), no salão social da Primato. A APS comemorou seu jubileu de ouro e a Assuinoeste festejou seus 46 anos de fundação.

Foi a Noite de Gala da Carne Suína. O evento reuniu autoridades, produtores, empresas e cooperativas que ajudam a fomentar o setor. As entidades lutam para promover, organizar, difundir e desenvolver a suinocultura na região Oeste e em todo o estado do Paraná.

Segundo o presidente da APS, Jacir José Dariva, existem diversos motivos para celebrar os 50 anos da Associação. “Nós conseguimos um avanço na questão da sanidade, somos área livre de febre aftosa. Somos estado independente. O Brasil foi repartido em cinco blocos e somos o único Estado com lei de biosseguridade que protege as granjas, ou seja, prioriza também o bem-estar animal e os animais são protegidos por normas internacionais e o Paraná colocou mais algumas”, cita ao acrescentar que a partir deste ano, as granjas não podem ter animais fêmeas em celas individuais para evitar o estresse.

Dariva pontua que o Estado tem vantagens na exportação de carne suína, pois passou a integrar um seleto grupo e está pronto para ampliar a rede no mercado. Ele destaca que o Paraná é o terceiro estado em exportação e a região Oeste é a que mais exporta.

“Começamos agora as negociações sobre a quantidade de carne que vamos exportar no futuro. Depois que adquire o status difícil é mantê-lo, esse é um grande desafio e todo o sistema tem a responsabilidade. A conquista foi longa. Tudo pode acontecer daqui para frente. A Associação e as entidades devem ter um esforço contínuo para que o status seja mantido e as demais gerações possam dar quantidade”, declara o presidente.

A presidente da Assuinoeste, Geni Bamberg, e o presidente da APS, Jacir José Dariva – Foto: Janaí Vieira

O FUTURO DO MERCADO – Sobre resultados, Dariva aponta que no fim de 2022 o setor já poderá fazer uma análise em relação a comercialização, visto que a exportação já deve iniciar no começo do próximo ano. Ele menciona que o Estado tem potencial para se tornar o maior produtor no Estado do Brasil.

“Nós já passamos o Rio Grande do Sul e queremos passar Santa Catarina”, declara ao citar que o Paraná tem 21 mil produtores comerciais e quase seis mil produtores que entregam para pequenos frigoríficos; são 350 mil fêmeas produtivas e seis milhões de animais no campo.

Para o presidente, é uma questão de tempo, planejamento e trabalho com excelência para que o Estado possa se destacar ainda mais. Dariva pontua que o Paraná tem importante representatividade no Produto Interno Bruto (PIB) e o Oeste é um pilar de sustentação e de destaque no setor.

PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE – O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS) também fez um alerta sem relação aos cuidados com o meio ambiente. Dariva enfatiza que o setor tem essa preocupação e tem buscado medidas que visem na preservação da água, especialmente, o cuidado com a água.

“Existe uma preocupação em relação aquilo que faremos nos próximos anos. A suinocultura é uma questão de meio ambiente. A atividade consome muita água. Não podemos ter a ganância e esquecer a questão ambiental. A suinocultura é uma das classes que mais cuida do meio ambiente”, afirma o presidente ao mencionar que está em andamento um projeto que envolve a captação da água da chuva para a limpeza dos espaços, além disso, o presidente garante que investir nas questões ambientais refletem diretamente no desenvolvimento sustentável do setor.

O vice-presidente de Organização da APS, Eloi Daga Favero, parabenizou a Associação, os produtores e os parceiros pelos 50 anos de trabalho e enfatizou que o Oeste é representativo na produção do Estado, além de contar com as importantes agroindústrias, cooperativas e frigoríficos, além disso, tem o maior volume de produção no Paraná.

“O principal desafio da APS é colocar o Paraná em outro patamar frente as exportações já que o Estado está com a área livre de aftosa. É um desafio que Associação, as integradoras e as cooperativas terão na próxima gestão. Nós queremos vender o nosso produto para outros países e vamos trabalhar para que isso aconteça”, declarou Favero ao reforçar que o setor atua em conformidade com os órgãos governamentais e cada vez mais busca elevar o nível tecnológico e atender a legislação de biossegurança.

CRESCIMENTO E PARCERIA – Prestigiou o evento, o ex-presidente da APS e da Associação Brasileira de Criadores Suínos (ABCS), João Luís Seimetz. “Sinto orgulho em ter feito parte da diretoria destas entidades e da luta que o setor sempre teve em busca de melhores condições para produzir, seja no âmbito regional ou nacional”.

O presidente da Primato, Anderson Sabadin, representou as cooperativas do Oeste. Em seu discurso, ele destacou a importância da unir forças com o intuito de que o setor possa se desenvolver e ter maior representatividade. “É fundamental buscar o progresso e melhores condições para todos produzirem. Estamos honrados em podermos receber este evento comemorativo dessas duas grandes entidades que têm importante representatividade no desenvolvimento regional”.

Também esteve presente o presidente da Frimesa, Valter Vanzella. Ele é considerado um dos grandes criadores de suínos da região, além disso, conduz já faz alguns anos a maior empresa paranaense de abate e processamento de suínos. “É importante sempre fomentar o crescimento do setor, pois cada vez mais é preciso produzir em grande escala para ter lucratividade”, declarou.

Da Redação

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