Desafios da suinocultura estão relacionadas ao meio ambiente e expansão da cadeia

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A suinocultura corresponde entre 35 e 37% do Produto Interno Bruto (PIB) na região Oeste do Estado. Hoje, o Paraná é o Estado responsável pelo maior abate de carne suína. No entanto, estratégias devem ser analisadas e estabelecidas quando os assuntos são expandir a atividade e, principalmente, questões relacionadas ao meio ambiente.

De acordo com o presidente da Associação Paranaense de Suínos (APS), Jacir José Dariva, a região Sudoeste apresenta boa tendência para receber empreendimento desta atividade. “Devemos estar atentos a questão ambiental. O que faremos nos próximos anos? Sempre destaco que a atividade consome muita água e na região Oeste a produção de piscicultura também é destaque e ela necessita de água. Por isso, analisaremos se é possível deslocar a atividade para outras regiões devido também a questão ambiental”.

Dariva enfatiza que a suinocultura é a classe que mais cuida do meio ambiente. “Nós temos regiões com muita carga de animais e, ao invés de ampliar a produção, desejamos redistribuir os animais para outras regiões e consolidar o nosso Estado”, menciona o presidente da APS ao complementar que “nós precisamos buscar alternativas para cuidar do meio ambiente”.

A atividade pode ser expandida para as regiões Sudoeste, Sul, Campos Gerais, enfim. “No Sudoeste existem pequenos produtores de suíno, porém todos possuem vocação para a atividade”.

PARCERIA – O gerente regional do Instituto Água e Terra (IAT), unidade Toledo, Taciano Cesar Freire Maranhão, explica que o Instituto incentiva a produção da suinocultura, já que o antigo IAP e até a Surehma foram implantados quando a atividade da suinocultura era implantada no Estado. “Nós sempre acompanhamos as normas para a cadeia, isso é importante porque estamos diante de um setor que está em uma crescente”.

Maranhão comenta que as inovações acontecem em todo o Estado. “A suinocultura agrega valor e a busca por tecnologia”, afirma o gerente regional do IAT ao ponderar que concorda com o presidente da APS quanto a preocupação ambiental. “Nós podemos transformar, por exemplo, a urina ou as fazes do suíno em fertilizante para a agricultura ou até mesmo em energia. Também analisamos uma proposta relacionada a água”, comenta.

Maranhão pondera que a equipe do IAT acompanha o desenvolvimento das tecnologias aplicadas e o Instituto ainda adota todos os cuidados ambientais. “Também buscamos por indústrias com tecnologias para a água, resíduos, enfim. Nós precisamos agregar valor ao produto. Sabemos que a suinocultura é uma atividade que requer mão-de-obra e ao mesmo tempo possui a carência do recurso hídrico, o qual é esgotável. Buscamos tecnologias para incrementar e trazer resultados positivos para a atividade comercial e programas para melhorias ambientais”, finaliza o gerente regional do IAT.

Da Redação

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