Intervenções Musicais no Autismo: curso enaltece o trabalho da musicoterapia no tratamento

Reforçar a importância da musicoterapia no processo de tratamento da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um dos objetivos do curso de Intervenções Musicais no Autismo. A capacitação será promovida pelo Núcleo de Aperfeiçoamento Profissional (NAP) do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz (FAG). As inscrições já estão abertas.

As atividades do curso devem ocorrer nos dias 28 de agosto e 11 de setembro das 8 horas às 12 horas e das 13h30 às 17h30. O investimento para os acadêmicos da FAG R$ 100,00 e para o público externo é R$ 80,00. Mais informações pelo telefone (45) 3277-4013 e no e-mail contato.pos@fag.edu.br.

O curso será ministrado pela professora, Daline Bortoloto Ferrari Farias. Ela destaca que a musicalização, diferente da musicoterapia tem objetivo pedagógico do ensino da música (melodia, ritmo e harmonia) e dos elementos musicais (altura, timbre, duração, intensidade). Já a musicoterapia utiliza desses recursos, inclusive do silêncio no atendimento musicoterápico com objetivo terapêutico.

“A musicoterapia no tratamento do TEA tem como objetivo trabalhar áreas do desenvolvimento como percepção (discriminar diferenças e semelhanças sonoras), imitação (seguir uma sequência lógica na música), comunicação receptiva (conseguir compreender uma informação sonora, comunicação expressiva (conseguir gesticular e verbalizar com  função) linguagem pragmática (trabalhar um contexto que vai além do significado das palavras), linguagem prosódica (trabalhar o ritmo e a entonação por meio de intervalos musicais), aspectos sociais (iniciativa, autonomia, responsividade), teoria da mente (aspectos cognitivos, trabalha a identificação e a compreensão de diferentes perspectivas e sentimentos de uma canção) funções de cada comportamento e a musicalidade.

A MUSICOTERAPIA NO AUTISMO – Daline explica que o profissional elabora propostas terapêuticas para trabalhar esses objetivos e demandas específicas de cada criança. Ela exemplifica que a primeira etapa do processo musicoterápico e anamnese com os responsáveis para coletar dados sobre o desenvolvimento da criança (cliente). Na sequência, conforme a professora, acontece durante as sessões, a avaliação musicoterapeutica por meio de escalas validadas no Brasil e a partir daí é traçado um perfil social, cognitivo, comunicativo, comportamental e musical e então é elaborado um plano de intervenção musicoterapeutico com objetivos a curto, médio e longo prazo.

“A motivação na intervenção do autismo é o ponto chave. No autismo existe uma dificuldade em generalizar informações, quando a proposta é motivadora, a probabilidade dessa pessoa levar essas atividades para outros ambientes é maior. O objetivo final é que as habilidades desenvolvidas na musicoterapia possam ser levadas e aplicadas nos ambientes naturais da criança”, reforça Daline ao pontuar que para potencializar as propostas realizadas no atendimento da musicoterapia é importante que aconteça o trabalho em rede, com a participação efetiva da família e a parceria dos demais profissionais que atendem a criança.

Da Redação

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