Barros: Bolsonaro não quer entregar ministérios a partidos e acho que não vai
Barros ainda acrescentou que o deputado Arthur Lira (PP-AL) corre como favorito para a eleição para a presidência da Câmara, mas destacou que ainda não há concorrentes definidos. No Senado, o deputado afirmou que a definição dos candidatos deve ficar para o ano que vem. “Todos os prováveis nomes com chance de eleição são reformistas e apoiam a agenda do governo. Não vejo risco para a agenda de reformas em 2021.”
Segundo ele, a configuração de partidos já está formada e há 380 deputados pró-reformas, independentemente de apoio ao governo, como é o caso do DEM e do PSDB, que não se consideram governistas. “Temos uma base ampla para aprovação de reformas que precisam de 308 votos.”
Barros também disse que o calendário eleitoral só deve começar em abril de 2022 e, até lá, o ritmo de votações no Congresso não deve ser prejudicado pela disputa. Para o líder do governo, o presidente Bolsonaro não tem concorrente hoje, que está tranquilo com seu processo de reeleição.
Mas ponderou que há tempo para colocação de novos nomes que possam enfrenta-lo. O deputado ainda considerou que é difícil o lançamento do partido do presidente, o Aliança pelo Brasil, e que Bolsonaro deve escolher outra sigla em meados de 2021.
Ainda sobre 2022, Barros comentou que o resultado das eleições municipais não é indicativo de nada. Mas depois comentou que mostrou o fortalecimento do centro, o que pode favorecer políticos “pró-resultado e de experiência” nas próximas eleições. “Mostra que o eleitor saiu do extremo para centro, portanto é provável que as eleições de 2022 tenham viés diferente de 2018 e deste pleito.”
O líder do governo ainda defendeu que o Brasil é um dos que mais preserva o meio ambiente do mundo, com mais de 25% da sua mata preservada. Além disso, argumentou que a queimada deste ano deve ter sido só “a 7ª ou 8ª maior do mundo” e que as críticas devem-se à relação conflituosa entre o Bolsonaro e a mídia. “Com a vacina é a mesma coisa. O governo já disse que tem dinheiro para comprar todas as vacinas que forem aprovadas. Mas as pessoas que querem ficar ranhetando. É mais uma questão de versões do que de fatos.”