Primavera traz chuvas irregulares para a região

O inverno se despede nesta quarta-feira (22) e dá lugar para a primavera, a estação das flores. Além da floração de diversas plantas, ela é caracterizada por apresentar dias com temperaturas amenas. No Brasil, a primavera é considerada uma estação de transição entre o inverno e o verão. É neste período, após o fim do inverno seco, iniciam-se as chuvas que são mais frequentes com a chegada do verão.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), as chuvas da primavera deste ano devem chegar de forma irregular. A nova estação ainda carrega para os próximos dias algumas características do inverno, como o clima seco.
Para os meses de outubro e novembro, o prognóstico ainda é de chuvas abaixo do esperado, segundo o professor de Agrometeorologia da PUC-PR, campus Toledo, Alexandre Luis Müller. “A média história para esse período é de 500 milímetros, mas o fenômeno La Niña provoca um regime irregular de chuvas, por isso ainda teremos tempo mais seco e chuvas isoladas. Poderemos ter também período com acumulados de chuva e outros períodos secos”.
O professor reforça que essa não é a característica normal da primavera. O ideal para a estação seria ter bastante chuva, principalmente nos meses de outubro e novembro.
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS – O fenômeno La Niña que está presente nesta estação ocorre quando as águas superficiais da região da linha equatorial do Oceano Pacífico sofrem um resfriamento anormal. Essa alteração afeta as chuvas e as temperaturas ao redor do mundo.
Por ser uma estação de transição, a primavera também favorece eventos meteorológicos severos como fortes rajadas de ventos, granizo, chuvas volumosas e grande quantidade de raios.
Segundo o Simepar, para os próximos meses estão previstas variações bruscas da temperatura do ar em curtos períodos devido à passagem de frentes frias sobre o Paraná. Apesar de irregulares, as chuvas da primavera ainda amenizam o clima seco e quente dos últimos dias do inverno.
INVERNO SECO – Na região Oeste, o acumulado em setembro ficou muito abaixo da média. Segundo a medição realizada na estação meteorológica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), campus Toledo, foram 45 milímetros acumulados nos dias 5 e 14.
Apesar de trazer umidade para o clima, essas chuvas não foram suficientes pra amenizar a crise hídrica que a região Oeste enfrenta. Em agosto, Toledo teve o registro de chuva nos dias 12 e 26 com dez milímetros em cada data e, em julho foram registrados 20 milímetros no dia 27. “Em quase três meses foram registrados 85 milímetros de chuva, é uma quantidade muito baixa para o período”, cita Müller ao lembrar que no início do inverno, a estação registrou 25 milímetros de chuva acumulados entre os dias 21 e 30 de junho.
Além do clima seco, o inverno de 2021 foi de contrastes de temperaturas. Enquanto que a mínima registrada na estação foi de -0,3 grau no dia 29 de julho, a temperatura mais alta foi 37,8 graus, registrada às 14h da última segunda-feira (20). No entanto, há outras regiões do município que registraram temperaturas mais baixas durante as frentes frias.
Da Redação
TOLEDO
Comentários estão fechados.