Polícia alerta para que pessoas e empresas não caiam em golpes digitais

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Da mesma forma que as novas tecnologias trazem facilidades e comodidades à vida moderna elas também criam desafios e perigos às pessoas e empresas. Um dos riscos está nos golpes digitais, que preocupam autoridades e entidades empresariais pelos prejuízos e consequências que costumam provocar. O assunto foi tratado, na reunião de diretoria da Acic, pela delegada da Polícia Civil Anna Turbay Palodetto e pelo escrivão Reinaldo Bernardin de Andrade.

A primeira dica para diminuir os perigos é estar sempre alerta, redobrar cuidados e desconfiar quando a proposta parece ser boa demais. O descuido, a ingenuidade e a ambição costumam andar de mãos dadas com o ímpeto dos criminosos, ressaltaram as autoridades. Ana e Reinaldo citaram alguns dos golpes digitais mais comuns e deram dicas de como se proteger. “Checar sempre as informações passadas e disponíveis ajuda muito. A observação de alguns cuidados simples pode impedir perdas significativas e muita dor de cabeça”, conforme o escrivão da 15ª Delegacia de Polícia.

Boleto falso

Uma das modalidades criminosas mais comuns, e que trazem perdas a pessoas físicas e jurídicas, é a emissão de boletos a partir de recursos digitais. Esses boletos são emitidos a partir de sites piratas, apesar de sua semelhança com os verdadeiros, e os pagamentos feitos vão para contas administradas pelos criminosos. É bom sempre checar os números que estão no boleto, confrontá-los com outros da mesma loja e, em caso de dúvida, ligar para a empresa da qual é cliente para obter mais informações.

O whatsapp é outra das ferramentas digitais empregadas pelos golpistas. A prática mais corriqueira é ligar para alguém e informar que o cartão foi clonado ou usado em uma tentativa de compra suspeita e que alguém, um motoboy ou um funcionário da suposta instituição financeira, vai apanhá-lo para que então se providencie a confecção de outro. A senha, depositada em um envelope, dá aos criminosos então tudo o que precisam para utilizar os cartões em nome do titular.

O alerta é que as instituições não usam esse procedimento, de pedir para alguém apanhar o cartão em um endereço físico. Nessa modalidade, a quadrilha emprega até um número de telefone 0800 para dar mais “veracidade” ao golpe. O whatsapp também costuma ser clonado quando o titular fornece, de forma descuidada eletronicamente, números de documentos e senha. Outra maneira de clonagem é o uso do perfil ou da fotografia do titular com outro número. Nesse caso, mensagens de texto informam que o telefone mudou por algum motivo e, na sequência, costumam pedir depósitos em dinheiro.

Também são comuns golpes de compra e venda de veículos pela internet e em site de leilões. Há ainda uso de homepages de lojas famosas para tirar algum tipo de proveito dos internautas, mas ao acessá-los a pessoa acaba direcionada para outros ambientes e geralmente é lesada. Ana e Reinaldo também chamaram atenção para a abertura de contas em certas instituições financeiras digitais e a contratação de financiamentos. Na menor suspeita, o melhor a fazer é aguardar, checar e buscar mais informações.

CASCAVEL