Usina Solar Fotovoltaica Nelson Paludo marca incentivo as energias renováveis

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Incentivar a utilização de energias renováveis é mais que uma tendência. No Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) de Assis Chateaubriand já é uma realidade. Na manhã de ontem (16), foi inaugurada a Usina Solar Fotovoltaica Nelson Paludo. Uma comitiva com autoridades estaduais e federais prestigiou o evento. Prefeitos de diversos municípios da região também participaram da solenidade.

“Não é só uma tendência; o mundo todo cobra essas sustentabilidade e é preciso mostra como isso acontece no Paraná”, destacou o secretário Chefe da Casa Civil, Guto Silva. “A utilização das energias sustentáveis é algo que vem para ficar. Não é só moda, é também um negócio. Acreditamos que nossa produção agrícola será sustentável e também um negócio”.

O secretário Chefe da Casa Civil aponta que o Estado possui agricultura de ponta e está se modernizando cada vez mais e, por isso, busca inovação. “O Paraná tem buscado incentivar essa transição da agricultura para essas energias, pois todos ganham. O produtor deixa de pagar hoje e no período de quatro a cinco anos abate da produção. A pequena e média propriedade além de produzir leite, frango, peixe, soja também será um produtor de energia.

Uma comitiva com autoridades estaduais e federais prestigiou o evento – Foto: Janaí Vieira

RENOVAPR – O Programa Paraná Energia Rural Renovável (RenovaPR) apoia e fomenta a geração de energia solar, biogás e biometano no campo, ou seja, visa fomentar a geração distribuída de energia elétrica a partir de fontes renováveis. O RenovaPR é desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e o Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater (IDR-Paraná), e foi criado para ajudar os produtores rurais de distintas cadeias produtivas na viabilidade e competitividade de seus negócios.

Desde o lançamento do programa, segundo Silva, o Estado já tem mais de 500 projetos de novas usinas. A inciativa possibilita que agricultores e empresas promoverem a autoprodução de energia, própria e renovável, a ideia é reduzir custos de produção e ampliar as atividades.

“Lançamos no Paraná o programa de energia sustentável para que a energia saia da tomada e a usina fotovoltaica deu certo”, destacou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes, ao recordar que antes dos avanços tinham processos que os produtores demoravam mais de 800 dias na fila para conseguir, ou licenças, mas, agora, é praticamente instantâneo.

ATUAÇÃO DO SISTEMA – Conforme o presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette, a inauguração da Usina Solar Fotovoltaica Nelson Paludo é resultados dos trabalhos e estudos dos últimos quatro anos. Ele recordou que em 2017, quatro delegações organizadas pelo Sistema Faep/Senar-PR participaram de uma expedição pela Europa. Na época, produtores, líderes rurais e técnicos da entidade visitaram projetos bem-sucedidos no uso e geração de energia renovável na Alemanha, Áustria e Itália.

Segundo Meneguette, o Sistema sempre teve a preocupação na área ambiental e em dar o destino correto aos dejetos na região Oeste e que para chegar a esse marco contou com o apoio de diversas autoridades. A entidade promove o incentivo a adoção de energias renováveis como a promoção de seminários e conferências, além da elaboração de visitas e estudos técnicos.

“Fiz questão de trazer representantes do Estado para a inauguração para que pudéssemos reforçar ainda mais a representatividade que essa iniciativa tem. Os produtores sabem da importância de trabalhar com energias renováveis. O setor rural está cada vez mais ‘tecnificado’, precisamos da energia elétrica e o produtor precisa acompanhar esse desenvolvimento”, declarou.

O Sistema Faep/Senar-PR instalou um conjunto de 304 painéis fotovoltaicos no CTA de Assis Chateaubriand. O empreendimento deve gerar uma economia de R$ 112 mil por ano, a partir da energia elétrica gerada.

OESTE PRÓSPERO – “Esse espaço da Faep é um exemplo de energia renovável que funciona. Também é um incentivo para que essa ideia seja levada até a propriedade. Essa inovação permite a geração de energia e isso está caminhando em uma velocidade muito grande”, pontou o secretário de Estado da Administração e da Previdência, Marcel Micheletto ao acrescentar que o Governo atua com programas que incentivam o produtor rural a investir nessa tecnologia e que o Oeste tem potencial para isso.

“Nós prefeitos e lideranças temos que trazer projetos como esses que vocês estão nos oferecendo”, salientou o prefeito de Assis Chateaubriand, Valter Aparecido Souza Correia. “Se hoje Assis estão em 7º no Valor Bruto de Produção se destacando no Paraná é devido um conjunto de esforços. Temos orgulho em dizer que contribuímos para o Paraná e para o Brasil”.

O AGRO QUE GERA – “Essa é mais uma oportunidades para ajudar o agro. E o agro faz um trabalho fantástico. Tem espaço pra crescer e é com a energia renovável que é possível inovar e mais fazer acontecer”, declarou o deputado estadual, Anibelli Neto, ao enfatizar que a Comissão de Agricultura e Pecuária atua para que o Paraná e o país possa ter cada vez mais representatividade no mercado e produtividade. “Nessa Usina vemos um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão e que em quatro anos já estará trazendo retorno”.

O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que o assunto merece atenção do setor. “Temos muito para fazer, em termos de evolução e para avançar”, cita ao enfatizar que as energias renováveis como a biomassa tendem a crescer ainda mais diante dos reflexos da produtividade.

Ortigara declarou que a energia é um insumo importante em todos os processos da agricultura e não pode ser desperdiçada. “Nesse movimento importante a Faep dá exemplo. Entramos na 3ª revolução agrícola que envolve todo esse conhecimento tecnológico. Nós somos bons no agro e temos que ser melhor. É bom fazer, é sustentável fazer. É pra vender e potencializar”.

FRENTE PARLAMENTAR

Crédito: Janaí Vieira

“Sempre que viemos buscamos fazer uma prestação de contas de como estão as coisas em Brasília. Entre as lutas está o seguro rural, afinal, como estaria o Oeste e o Sudoeste do Estado – regiões que foram atingidas pela geada – se não tivesse o seguro rural? No exterior somos taxados como aqueles que desmontam Amazônia, nos vendem como se fossemos os vilões, Temos legislação tão rígida mas lá fora vendem diferentes, quando não é essa a realidade e nos preocupamos com o processo como um todo. Precisamos de mercado e se não tem mercado, o agro quebra. Somos um dos grandes mercados do planeta. E produzimos de maneira sustentável”, declarou o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, deputado federal, Sérgio Souza.

Da Redação

ASSIS CHATEAUBRIAND