Sanepar aumenta a produção de água com mais um poço tubular profundo

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Toledo passa a contar com mais um poço tubular profundo para a captação de água. A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) colocou em operação um poço com capacidade para produzir 600 mil litros de água por dia que fica localizado na Rua Mario Fontana, no Centro de Reservação Jardim Panorama.

De acordo com o gerente regional Eduardo Arrosi o novo poço vai melhorar a distribuição de água em todos os bairros e atender a duas grandes regiões que estão em constante crescimento: Jardim Panorama e Vila Pioneiro. O investimento foi de R$ 500 mil, com recursos próprios.

Atualmente, a Vila Pioneira é atendida diretamente por dois poços, o que não tem sido suficiente para atender ao crescimento daquela região. O complemento vem dos Centros de Reservação do Jardim América ou do Centro de Reservação do Jardim Panorama.

“Apesar desse novo poço não ter uma grande vazão, a principal finalidade para a Sanepar é a possibilidade de realizar manobras de remanejamento de água de uma região para outra. As duas regiões têm um potencial de crescimento então esse poço vem para garantir esse abastecimento futuro e possibilitar algumas manobras quando ocorrer interrompimento de rede ou algum problema operacional em alguma bomba. Desta forma fica tranquilo o abastecimento em Toledo e reduzimos a possibilidade de falta de água nessa região da cidade”.

 

DEMANDA – A partir de agora a cidade é abastecida por 11 poços tubulares, além do Rio Toledo. Para atender a 100% dos moradores de Toledo a Sanepar produz 33 milhões de litros de água por dia. Deste total, 22 milhões (67%) é de mananciais subterrâneos (poços) e 11 milhões (33%) do Rio Toledo.

No período de estiagem a Sanepar não enfrentou problemas com a captação dos mananciais subterrâneos. Porém, Arrosi enfatiza que a Companhia está com a capacidade um pouco acima da demanda máxima diária. “A nossa demanda nunca passou de 30 milhões, mas agora estamos em 33 milhões e nesse período de estiagem nós conseguimos rotacionar os poços utilizando-os menos de 20 horas por dia. Desta forma, mesmo com a falta de chuvas e sem a recarga dos aquíferos, não forçamos tanto os poços para evitar uma possível redução de nível, ou até secar o poço”, explica o gerente.

No caso do Rio Toledo, Arrosi lembra que na segunda quinzena de setembro o nível do rio acendeu um sinal de alerta e a Sanepar começou a ter dificuldades de captação máxima. “Chegamos a elaborar um plano para reduzir a região de abastecimento do Rio Toledo e ampliar dos poços, mas com as chuvas do início de outubro não foi preciso realizar essa manobra”, complementa.

 

CONSUMO – E mesmo com a crise hídrica e os constantes apelos para economizar a água, a Sanepar observou um aumento de 20% no consumo durante o mês de setembro, período de estiagem mais crítico. “Esse aumento foi observado, principalmente, em horários de pico e em determinados momentos ocorreu falta de água ou baixa pressão em virtude que as redes não suportaram o consumo. Tinha água nos poços e no rio e água tratada no reservatório, mas ela não conseguia chegar nas residências com a pressão necessária ou a quantidade necessária porque era muita gente usando ao mesmo tempo”.

Em muitos casos, a população utilizava a água em horário de pico para lavagem das calçadas, regar plantas e jardins ou repor a água da piscina. “Infelizmente não observamos um consumo consciente e houve um acréscimo de 20% de consumo e uso desnecessário em um momento de crise hídrica”, lamenta.

 

RACIONAMENTO – No início de outubro as chuvas retornaram na região Oeste com um acumulado médio de 400 milímetros até a última sexta-feira (22). Arrosi reforça que esse volume foi suficiente para normalizar o nível do Rio Toledo e garantir a captação.

“Apesar da previsão do tempo indicar que teremos tempo mais quente e seco em novembro e dezembro, para esse ano foi descartado qualquer situação de rodízio ou racionamento de água em Toledo em virtude de estiagem. Pode eventualmente queimar uma bomba, faltar energia, algum conserto de rede ou um serviço programado, mas foi descartado a falta de água por conta da estiagem até o final do ano”, finaliza.

 

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Assessoria