Banco de Leite Humano: estoque atende demanda da UTI Neonatal

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O Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide do Hospital Bom Jesus notou uma queda no número de doadoras em relação ao mesmo período do ano passado. A redução impacta no fornecimento de leite humano pasteurizado para as mães que oferecem aos seus bebês em casa – outra demanda que antes era atendida com regularidade. Contudo, o estoque atende as necessidade dos recém-nascidos que estão internados na UTI Neonatal.

“Em Toledo, temos atualmente e 45 doadoras”, cita a técnica em enfermagem, Leidi Kievel. “Notamos uma queda tanto em relação ao número de doadoras, quanto na quantidade de leite doado, isso ao compararmos o mesmo período do ano passado. Acreditamos que os índices possam ser reflexos da volta da doadora ao trabalho, pois em 2020, era o início da pandemia e tivemos muitas mães que ficaram em casa e conseguiram retirar mais vezes o leite materno para doar”.

Mesmo com a redução, Leidi comenta que, no momento, o BLH está com estoque para suprir a demanda do Hospital Bom Jesus. Ela explica que o leite doado é prioritário para os bebês que ficam na UTI Neonatal; caso a mãe que teve o filho no Bom Jesus ou em outro hospital e o recém-nascido precise de leite materno, primeiro a equipe do Banco avalia o estoque e depois faz uma avaliação da mãe.

“A mãe com bebê na UTI Neonatal do Hospital pode vir até o Banco de Leite sempre que quiser e realizar a retirada de seu próprio leite materno para ser deixado fresco para o RN. Elas também fazem esse trabalho em casa, e quando esse leite voltar ao banco ele será pasteurizado e terá como prioridade o bebê dela. Nos casos em que a mãe não consigue estar ordenhando seu leite materno, será usado o leite doado pelas doadoras, isso é importante porque irá diminuir a gravidade de algumas doenças, o bebê terá um menor índice de mortalidade, menos tempo internados na UTI Neonatal e ganhará peso mais rápido”, destaca ao mencionar que o leite materno ajuda no desenvolvimento e crescimento dos pequenos.

MANTER OS ATENDIMENTOS – Desde o início da pandemia, o BLH aderiu aos atendimentos com horário agendado, justamente para evitar aglomeração de pessoas tendo em vista que O espaço é pequeno. As palestras e cursos de casais grávidos continuam suspensos.

Leidi explica que quando é feito a coleta do leite nas casas das doadoras, a técnica toma todos os cuidados necessários para evitar o contagio da Covid-19, como a utilização de máscara e a higienização com álcool antes e após o atendimento.

No ano passado, os atendimentos individuais – que incluem as mães com bebês internados na UTI Neonatal e externos – foi 1.803. Enquanto que os atendimentos em grupo – que incluem casais grávidos, palestras (foram realizados somente de janeiro a março) e mães que receberam alta e passaram pelo BLH – foi 2.792.

AJUDA PARA AS MAMÃES – “Qualquer mãe com dificuldade em amamentar pode entrar em contato com o Banco pelo telefone (45) 2103-2013 e agendar um horário para ser atendida por nossa equipe. O processo de orientação irá depender da dificuldade de cada uma, porém todas recebem a mesma orientação, após serem orientadas realizamos a maior parte da orientação na prática”, esclarece a técnica em enfermagem.

Os atendimentos nas instalações no BLH acontecem todos os dias da semana no período das 7 horas às 19 horas, inclusive nos feriados. Esse trabalho ocorre via Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, é gratuito. As orientações são de acordo com as dificuldades apresentadas pela mamãe.

“Nosso sentimento é de gratidão a cada doadora pelo seu empenho e dedicação e caso alguma mamãe tenha alguma dificuldade, basta procurar nossa equipe, nós teremos prazer em atendê-la. Doar leite é um ato de amor, dedicação, tempo, paciência”, salienta a profissional.

DOAÇÕES

Nos últimos três meses, o Banco de Leite Humano (BLH) Doutor Jorge Nisiide do Hospital Bom Jesus teve aumento de doação: em abril 74.955 litros; em maio foram 101.545 e em junho foram 104.855. Durante o ano de 2020, foram 1.308.577 e de janeiro a junho deste ano já chegou a 495. 593.

Da Redação

TOLEDO