SMAS e CRAS I deverão ser temporariamente realocados

Em reunião realizada com uma equipe de engenharia da Prefeitura de Toledo, na quinta-feira (12), foi apresentado ao prefeito Beto Lunitti o laudo técnico sobre as condições atuais do prédio da Secretaria de Assistência Social e Proteção à Família (SMAS) e do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS I) da Vila Pioneiro. O documento, solicitado pelo gestor municipal em virtude da solicitação dos servidores municipais, aponta a falta de condições e a necessidade de interdição do prédio construído há mais de quatro décadas.

O documento utilizou a metodologia GUT (Gravidade, Urgência e Tendência), que enquadra a edificação como ‘Risco Crítico – Impacto Irrecuperável’. Segundo a secretária da SMAS, Solange dos Santos Fidelis, o documento mostra a precariedade da estrutura física do local. “Agora, munidos de avaliação técnica, é possível a tomada de decisões quanto à realocação da sede para a SMAS e para o CRAS I. O laudo técnico também será apresentado ao Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS)”, comenta, reforçando que o CRAS I permanecerá na Vila Pioneiro devido ao atendimento territorializado.

Diante da situação, na sua fala durante a abertura da XIV Conferência Municipal de Assistência Social, o prefeito Beto Lunitti determinou que a equipe da SMAS busque um local para realocar os serviços até a construção de uma nova sede para a pasta. “Não podemos manter nossos servidores e a população atendida em condições insalubres. A equipe de engenharia demonstrou a necessidade de remoção dos serviços do atual prédio e vamos fazer isso de forma organizada, porém com a maior rapidez possível”, afirmou Lunitti.

O laudo também aponta um custo aproximado para a recuperação da estrutura de R$ 2,5 milhões. “Este valor nos auxiliou na tomada da decisão por uma nova construção. Vamos iniciar o projeto, com o intuito de levantar custos, captar recursos e demais necessidades para termos uma obra que atenda a nossa comunidade com excelência”, disse o prefeito Beto Lunitti. 

Laudo técnico

O laudo produzido pela equipe de engenharia designada para o trabalho afirma que “diante das inconformidades técnicas construtivas e da falta de desempenho nos sistemas verificados no imóvel vistoriado, assim como pela falta de manutenção periódica, o estado de conservação, a funcionalidade e desempenho da edificação, bem como o padrão construtivo da edificação pode ser considerado como péssimo”. O documento ainda afirma que as maiores patologias encontradas são originárias de infiltrações decorrentes de ausência de manutenção dos sistemas de drenagem de águas pluviais, com as telhas de cobertura completamente deterioradas com a devida influência temporal. 

Outros problemas apontados são as instalações elétricas fora dos padrões normativos com sério risco à comunidade, redes hidráulicas com evidências de infiltração de água, manchas de umidade, fungos e bolor, com degradação generalizada dos revestimentos de reboco e falta de proteção de pintura das elevações de alvenaria dos corredores de acessos, descolamento e desagregação dos revestimentos cerâmicos de pisos e elevações de alvenaria dos sanitários, falhas de vedação e impermeabilização das áreas molháveis, evidências de reparos precários em tubulação nos ramais hidráulicos, degradação das placas constituintes dos forros da maioria dos espaços, com reparos e manutenção inadequada, gerando um perigo iminente de queda podendo ocasionar acidentes.

Durante a vistoria não foram identificados recalques diferenciais no prédio, no entanto as peças estruturais podem apresentar problemas de corrosão e despassivação das armaduras e perda de resistência do concreto, devido ao processo de molhagem e secagem, situação extremamente prejudicial às estruturas. Caso esses reparos não sejam executados com urgência, pode-se chegar a um estado de maior deterioração.

Considerando a disseminação de anomalias e a inexistência de qualquer programa de manutenção, o que compromete a vida útil do prédio, faz-se a necessária recuperação imediata da estrutura de concreto, com tratamento das trincas e fissuras, troca de toda a cobertura, as adequações das instalações elétricas e hidrossanitárias através da efetivação de projeto elétrico e hidráulico e troca de todos os forros dos ambientes. 

Ao final, o laudo sugere “a tomada de providências com o objetivo de reparar os danos e defeitos com a maior urgência possível, a qual deverá ser executada com mão-de-obra especializada, com os serviços sob responsabilidade e supervisão de um profissional de engenharia e arquitetura devidamente habilitado. A estrutura apresenta inúmeras patologias e elementos em condições críticas e recomenda-se a interdição completa do edifício”.

Da Prefeitura de Toledo-PR

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