Associação Paranaense de Suinocultores comemorou Jubileu de Ouro neste sábado

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Promover, organizar, difundir e desenvolver a suinocultura no estado do Paraná são atividades realizadas pela Associação Paranaense de Suinocultores (APS) há 50 anos. Fundada em Assembleia, realizada na Associação Comercial e Industrial de Guarapuava, em 31 de março de 1971, a entidade completou 50 anos neste ano. O Jubileu de Ouro foi celebrado em evento neste sábado (20), com a Noite de Gala da Carne Suína, em Toledo. Na ocasião, foi comemorado também os 46 anos de fundação da Associação dos Criadores de Suínos do Oeste do Paraná (Assuinoeste). Os convidados serão recepcionados no salão social da Primato.

A Associação contribui para que o Paraná produza carne suína de qualidade, com sustentabilidade, bem-estar animal e biosseguridade nas granjas. A atuação da APS fomenta uma atividade que fortalece a economia de vários municípios.

Segundo o vice-presidente da APS, Eloi Daga Favero, a entidade tem a missão de apoiar à suinocultura do Paraná e defender as demandas da atividade, procurando contribuir para a produção de carne suína de qualidade, com total sanidade e observando as medidas de preservação ambiental e de biosseguridade nas granjas de suínos do Estado.

DESENVOLVIMENTO – O Paraná é um dos maiores produtores de suínos do Brasil. Com uma produção próxima a um milhão de toneladas/ano, o Estado possui mais de 620 mil matrizes alojadas e abate cerca de dez milhões de cabeças por ano. A suinocultura contribui com aproximadamente R$ 6,5 bilhões para a formação do Valor Bruto da Produção (VPB) Agropecuária do Paraná. Entre os municípios, Toledo é considerado o maior produtor de suínos.

Favero explica que os dados refletem o trabalho de uma classe. “Desde que a Associação foi criada, ela sempre esteve em prol do suinocultor. No começo, a entidade procurou organizar o produtor, oferecer assistência técnica para que ele tivesse mais animais de qualidade. Além de auxiliar e orientar na aquisição de insumos e observar a procedência das indústrias que melhor pagavam ou estavam mais consolidadas no mercado”.

Durante os 50 anos, a entidade sempre manteve uma boa relação com as agroindústrias e as cooperativas. Atualmente, a principal conquista da APS é a

liberação do Estado do Paraná Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação. “Assim, nós temos a oportunidade em comercializar a carne para outros países”, relata o presidente ao complementar que a Associação também atuou no status de biosseguridade nas granjas.

A PANDEMIA – Conquistas aconteceram nestes 50 anos e desafios foram superados. O último é a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Favero recorda que a Associação sempre seguiu a orientação dos órgãos públicos. “Nós vivemos momentos difíceis. O produtor se recolheu ou começou uma vida on-line. Mas, ele teve dificuldade em lidar com essa situação, pois sempre esteve acostumado com o trabalho ‘o olho no olho’. Com isso, o produtor precisou superar essa fase difícil”.

Hoje, a situação começa a se normalizar. As visitas ou as reuniões são retomadas. Porém, o produtor enfrenta outro obstáculo: o preço. De acordo com o presidente da APS, os valores dos insumos – principalmente da ração – tiveram um aumento significativo e o preço do suíno não acompanhou. “A ração ampliou em praticamente 50%. E, o preço não suíno não atingiu esse índice; ele ficou entre 40 a 45%. Existe essa defasagem entre o preço recebido e o que é investido”.

Ele revela que as integrações com cooperativas possuem um sistema diferente e elas dão uma referência melhor ao produtor. “Já, o produtor que é independente vende o animal ao mercado, o qual não está favorável”.

AVALIAÇÃO – De maneira geral, o primeiro semestre de 2021 foi interessante ao produtor, conforme Favero. Ele pontua que o segundo semestre está sendo mais difícil. “Quando aumenta o custo de insumo, mas o produtor tem um bom estoque de animais, o aumento do custo vai refletir daquele momento em diante, no caso, neste semestre. O produtor não conseguiu recuperar para repor os preços nos ganhos”.

O presidente da APS ainda destaca que o consumo interno está estagnado em 14 quilos per capita. “Nos últimos três anos, ele aumentou um quilo e meio. Um índice baixo, pois outros países chegam a consumir entre 40 e 50 quilos per capita. São questões abordadas na Associação. Nós sempre buscamos melhorar o desenvolvimento da suinocultura e, por consequência, trazer benefícios ao produtor rural”.

Presidentes

Desde que foi criada em 1971, a Associação Paranaense de Suinocultores teve 14 presidentes. Atualmente, é presidida por Jacir José Dariva, e os demais presidentes, por ordem de mandato, foram: Joaquim Felipe Laginski, Oswaldo Euclydes Aranha, Inivaldo Martini, Lauro Teixeira de Freitas, Sydnei Augusto Teixeira, João Luiz Seimetz, Cândido Scholl, Henrique Pedro Nesello, Sessuaf Mecissuaf Polanski, Romeu Carlos Royer, Irineu Wessler, Carlos Guesdorf e Darci Backes.

Fonte: Assessoria de Comunicação

Da Redação

TOLEDO