Colégio Esperança F. Covatti deve passar por inspeção

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A comunidade escolar do Colégio Estadual Esperança Favaretto Covatti segue sem resposta para a interdição de um dos blocos da instituição de ensino. Com rachaduras bem aparentes, os encaminhamentos são considerados burocráticos e mais pessoas envolvem-se no processo.

A Defesa Civil de Toledo interditou, no dia 6 de maio, o bloco dois do Colégio e os alunos, que deveriam retomar os estudos presencialmente, seguiram com o atendimento on-line. O prazo para a entregue do laudo para a Defesa Civil encerrou nesta semana e o documento não foi elaborado.

A diretora Dulcinéia Costa Rosa explica que o Governo do Estado liberou o orçamento para a contratação do profissional para análise e elaboração do laudo da estrutura. Na sexta-feira (21), a direção implantou no sistema os três orçamentos para a contratação desse profissional. “Também já foi enviado ao Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar). Agora devemos aguardar qual empresa ganhou a licitação para esse profissional vir avaliar a escola”.

Dulcinéia salienta que a demora para a contratação do profissional consistiu na busca dos profissionais e para que eles apresentassem suas propostas. Muitas das empresas de Toledo não participam de licitações do Estado para esta finalidade, então tivemos que buscar fora”.

Ela ainda pondera que é preciso considerar que por se tratar de um órgão público precisa respeitar o processo. “Não é algo que é rápido de se providenciar. É toda uma documentação, a qual precisa ser enviada e o prazo de dez dias úteis é um tempo curto. Porém, a parte mais demorada, que é dos orçamentos já está finalizada”.

Na ocasião, o chefe do NRE de Toledo José Carlos Guimarães lembra que o Colégio apresentou problemas na estrutura física ainda no ano passado. “Assim que surgiu o problema buscamos recursos junto a Seed/Fundepar para solucionar. Mas as rachaduras começaram aumentar de forma muito rápida, então tivemos que fazer todo um novo trabalho para buscarmos uma empresa e fazer um laudo pericial. Agora aguardamos a liberação para emissão do laudo”.

Sobre o retorno da aula presencial, a diretora revela que está em busca de um local para transferir o Colégio. “Assim, poderemos iniciar o atendimento presencial dos alunos, cujas famílias assinaram a declaração de retorno presencial”.

A direção participa de uma reunião, na próxima semana, com o presidente da comunidade católica do Jardim Cézar Park e com o Núcleo Regional de Educação (NRE) para avaliar qual local será o mais indicado para abrigar as atividades do Colégio.

ENCAMINHAMENTOS – No começo do mês, durante a entrega do laudo, o integrante da comissão da Coordenação Estadual de Proteção e Defesa Civil o terceiro sargento Eloísio Buzolin disse que o risco de desabamento da estrutura era real naquela oportunidade.

Buzolin comenta que o responsável pelo Colégio deve informar, via ofício, os procedimentos apurados para correção e o atual andamento da situação. “Estamos no aguardo [tarde de sexta-feira (21)], lembrando que o Ministério Público (MP) já foi devidamente informando e acompanha a situação. Caso não tenham sido tomadas quaisquer previdências por parte dos responsáveis, nossas missão é oficiar o MP sobre a inércia dos órgãos”.

Buzolin esclarece que um novo prazo não será repassado. “Agora, o MP acompanha e adotará as medidas cabíveis. Toda e qualquer concessão será por meio de tratativas com o MP e a firmação ou não de termos de ajuste de conduta”.

O caso do Colégio é acompanhado pela 3ª Promotoria – com atuação em Habitação e Urbanismo e Meio Ambiente -, a qual instaurou um inquérito civil e oficiou ao Corpo de Bombeiros e o Núcleo Regional de Educação (NRE) para prestarem informações sobre o Colégio. O prazo ainda está em andamento. Já a Promotoria de Educação vai instaurar um procedimento administrativo para acompanhar os encaminhamentos no Colégio.

PARA RECORDAR – O Colégio Estadual Esperança Favaretto Covatti é dividido em dois blocos. O primeiro foi construído em 1978 e foi destinado ao Ensino Municipal. Em meados da década de 90, a estrutura passou a ser Estadual e o segundo bloco (espaço interditado) e a biblioteca foram edificados. O bloco dois é composto por quatro salas, recebendo as turmas consideradas maiores do Colégio. Tratam-se de estudantes dos sextos, sétimos e oitavos anos mais os alunos do Ensino Médio no período noturno. São aproximadamente 29 estudantes por turma. Esse bloco também abriga os banheiros dos alunos, Secretaria e saguão.

Da Redação

TOLEDO