Comissão de Verificação do Retorno às Aulas Presenciais apresenta dados de março

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Os integrantes da Comissão de Verificação do Retorno às Aulas Presenciais finalizaram as análises dos dados estatísticos referentes a março deste ano. As informações, mesmo sendo parciais já que nem todas as instituições responderam os questionários, já demonstravam um sinal de alerta naquele mês.

De acordo com o presidente do Fórum Municipal de Educação (FME) de Toledo Leandro Crestani, o cenário na área da Educação foi preocupante em março e a análise pode servir como uma ferramenta ao Poder Público antes de retomar a aula presencial com os anos iniciais. “O diagnóstico da retomada da aula presencial será mais amplo quando os estudos dos dados de abril, maio e junho estiverem finalizados”.

Crestani enfatiza que os dados de março podem refletir nas decisões das autoridades frente ao enfrentamento da Covid-19 no município. “Talvez, o próprio aumento de liberdade para a população possa ter impactado em sala de aula”, comenta o presidente do Fórum.

Ele comenta que o relatório é uma iniciativa do Fórum e tem como perspectiva mapear como está ocorrendo o processo do retorno das aulas presenciais no município. “Queremos verificar como está sendo garantido o direito de aprendizagem dos/das educandos/as desde a Educação Básica ao Ensino Superior”.

RELATÓRIO – Essa pesquisa foi realizada entre os dias 12 a 30 de abril de 2021, através do link: https://forms.gle/2hdeYG1YrmbEz7Zk9 encaminhado pelo e-mail: [email protected] do FME. A comissão recebeu o retorno de 76 questionários. Do total de 28 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), 22 responderam as perguntas, o que representa 79%. De 36 Escolas Municipais mais o CIPE, 24 instituições encaminharam as respostas, ou seja, 65% do total.

De 30 Escolas/Colégios ou Vinculada Estaduais, 16 deram o retorno para a comissão (63%). Com relação as Escolas Privadas/Filantrópicas, de um total de 11, nove responderam, ou seja, 82% enviaram as respostas. Já nas IES, apenas a metade enviou as respostas à comissão. De dez, cinco responderam.

No relatório, a comissão observou ainda que os professores voltaram para as instituições em trabalho presencial no dia 5 de abril, assim como as turmas dos quintos anos. Naquele momento, a bandeira de matriz de risco estava Roxa e, no dia 28 de abril, a bandeira de matriz estava em risco Laranja.

CASOS – De acordo com o relatório, 49 equipes docentes das instituições não apresentaram casos suspeitos da Covid-19 em março, o que representa 68,1%. Já 11 instituições revelaram que tiveram casos suspeitos e eles totalizaram 58. Outro questionamento mostrou que 27 casos foram positivos.

Quando a pergunta é ampliada aos alunos, 40 instituições responderam não (64,5%) e 22 instituições sim (35,5%), totalizando 73 casos suspeitos. Com relação se as instituições apresentaram casos de Covid-19 nos estudantes, 46 responderam que não e 15 sim. Neste questionamento, a comissão observou 44 casos positivos.

Sobre a questão dos casos suspeitos de Covid-19 com os profissionais da Educação, como zeladoras, cozinheiras, secretários e outros, 50 instituições responderam que não apresentaram (68,5%) e 23 instituições (31,5%) sim. Das instituições que responderam afirmativamente, foram 45 casos suspeitos. O relatório ainda mostra que a Educação teve 21 casos positivos neste público.

No questionário, as instituições observaram que ocorreu uma significativa diminuição de casos suspeitos entre alunos e colaboradores (adm e pedagógico) em abril. Também percebeu-se um número maior de afastamento destes grupos devido a casos suspeitos em seus núcleos familiares, mas a maioria apresentou o resultado negativo.

Da Redação

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