CTG Chama Crioula tem novo instrutor de Danças Tradicionais

58

Diego Teixeira Barreto é o novo instrutor de Danças Tradicionais do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Chama Crioula. No ano passado, ele aceitou o convite do patrão Vanderlei Hermes e patronagem, mudou para Toledo e veio para fazer história dentro tradicionalismo paranaense com sua arte de coreografar e instruir grupos de Danças Tradicionais.

Com as determinações impostas pela pandemia, o CTG Chama Crioula apresentou o novo instrutor aos dançarinos, familiares, sócios e demais pessoas da comunidade, no dia 18 de fevereiro deste ano, em uma pequena cerimônia no galpão do CTG. O evento que seguiu as normas estabelecidas pelos decretos no que se refere ao combate a Covid-19.

Para os organizadores foi uma noite especial poder receber com carinho esse renomado profissional tradicionalista. Um evento para mostrar um pouco do que já se faz no Chama Crioula, com apresentações do CCC/Coral Chama Crioula e individuais de música e canto. Além das belíssimas apresentações de Chula.

O patrão do CTG Chama Crioula, Vanderlei Hermes, festejou o momento. “É com muita satisfação que o CTG Chama Crioula recebe o novo instrutor Diego Barreto, com foco maior no tradicionalismo, envolvendo todas as formas de fazer CTG, através da dança, música, projetos sociais e culturais, onde valorizamos a união, amizade, respeito e principalmente a inclusão”.

Para a patronagem, todos devem ter a oportunidade de participar, cada um com suas qualidades e habilidades. “Precisamos também trabalhar a simplicidade de ser gaúcho e a beleza que a tradição gaúcha nos oferece, e o Diego apresenta todas as características para trabalhar e concretizar isso dentro da nossa entidade, devido sua simplicidade e competência. Seja bem-vindo Diego Barreto, que agora faz parte da grande família Chama Crioula. Convidamos a todos a conhecer nossa entidade, nossos trabalhos culturais, sociais e inclusivos, venha fazer parte do nosso CTG”.

NOVA CASA – Com 25 anos de trabalho dedicado a cultura do seu estado – Rio Grande do Sul – o instrutor Diego já está morando em Toledo. “Eu não conhecia o município. Já participava do evento que o CTG realizava sendo um dos circuitos do Fepart, que é nosso concurso estadual de invernadas, mas nunca tinha entrado na cidade. É um lugar magnífico. É uma cidade próspera que tem tudo”, relatou o instrutor.

Segundo Diego, o convite surgiu através do patrão, Vanderlei Hermes, no mês de novembro do ano passado. “Por uns amigos ele teve minha indicação e fez contato comigo pra saber como eu trabalhava e de que maneira conduzia todo o trabalho dentro do CTG. Como eu realizava tudo, pois temos que fazer praticamente uma programação do ano e de tudo que vamos realizar dentro de cada grupo. Hoje, temos quatro grupos no CTG e o trabalho é diferente pra cada um pela sua categoria. Mandei um planejamento de como eu faria tudo para ele apresentar para sua patronagem e no final de novembro acertamos minha vinda para o CTG Chama Crioula”.

Sobre essa nova etapa em sua vida, o instrutor destacou o tradicionalismo. “A cultura do estado do Rio Grande do Sul é única em nosso Brasil, as crianças, jovens e adultos que fazem parte de um CTG se tornam pessoas diferenciadas na sua maneira de ser e agir, pois, o que compartilhamos e ensinamos dentro da família de um CTG são os melhores exemplos a serem seguidos”, enfatizou.

HISTÓRICO PROFISSIONAL – Nascido no Rio Grande do Sul, Diego é um nato rio-grandense, porém, considera-se um gaúcho tradicionalista somente após os seus 10 anos de idade. Precocemente, com apenas 16 anos foi convidado pela patroa do CTG em que participava a montar uma apresentação estudantil em uma escola municipal de sua cidade, São Lourenço do Sul – RS.

Depois disso, passou a ser o instrutor do CTG onde era dançarino do Grupo Adulto, iniciando ali sua trajetória como instrutor de Danças Tradicionais do Rio Grande do Sul. Logo após, vieram inúmeros convites para atuação em outras cidades também em entidades tradicionalistas. Começava ali uma vida dedicada a Cultura Gaúcha que expressa ser sua maior paixão.

Foram vários trabalhos desenvolvidos no tradicionalismo no âmbito estadual, nacional e internacional. A conquista de vários títulos com grupos onde instruía sempre trilharam novas oportunidades no meio tradicionalista.

No ano de 2011 (2011-2012-2013) foi convidado para participar da Comissão Avaliadora do Movimento Tradicionalista Gaúcho do RS, e no ano subsequente, 2012 (2012-2013-2014) foi convidado a participar da Comissão Avaliadora do Movimento Tradicionalista Gaúcho do estado do Paraná quando avaliador (jurado) das Danças Tradicionais do Rio Grande do Sul. Atualmente é membro da Comissão Avaliadora do JUVENART, evento considerado o maior concurso de Danças Tradicionais da categoria juvenil do estado do Rio Grande do Sul.

Diego, em sua trajetória tradicionalista, foi instrutor de vários CTGs no Rio Grande do Sul. No ano de 2015, veio para terras paranaenses trabalhar em Guarapuava no CTG Chaleira Preta, logo em seguida instruiu o CTG Fronteira da Amizade da cidade de União da Vitória. Somente no estado do Paraná foram mais de 80 prêmios conquistados nos Circuitos Classificatórios para o FEPART e FEPART/Festival Paranaense de Arte e Tradição.

ENSAIOS COM SEGURANÇA- A patronagem do CTG Chama Crioula pontuou que os ensaios para as categorias de Danças Tradicionais pré-mirim, mirim, juvenil, adulta, veterana e xiru estão acontecendo seguindo os decretos e normas de segurança e prevenção em relação ao combate da Covid-19.

De acordo com o instrutor, foram reduzidos os horários para respeitar o decreto de fechamento. Está sendo trabalhada de maneira separada cada categoria em um dia específico. “Além disso, é evitado o contato físico dos dançarinos (peões e prendas) adaptando uma maneira de ensaiar. Dentro da entidade também temos todos os matérias de higiene como álcool em gel, máscara, mantemos o distanciamento e fazemos intervalos seguidos para todos lavarem as mãos”.

Outras medidas adotadas para que os ensaios aconteçam com segurança é que casa participante traga de casa a garrafinha com água. Durante as atividades, o galpão é mantido aberto para que tenha ventilação constante. Os pais que optam em aguardar os filhos no CTG ficam em outra área para evitar concentração de pessoas. “A patronagem do CTG, através do casal patrão, tem tido um imenso cuidado com todos e com tudo que o CTG vem fazendo neste período mais delicado. Estamos mantendo as normas que nos foram postas e respeitando o decreto. Em primeiro lugar a saúde de todos nós da família Chama Crioula e da população”, conclui o novo instrutor.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Assessoria