Cuidado com o meio ambiente: lixo eletrônico precisa ter destinação correta

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Quebrou. E agora? Nem tudo o que deixa de funcionar pode ser descartado no lixo convencional. Isso não é uma novidade, mas ainda tem muita gente que não faz a destinação correta. O lixo eletrônico nem sempre tem o fim adequado.

O nome técnico do lixo eletrônico é Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE). Ele abrange computadores, celulares, e todos os tipos de eletrodoméstico, como micro-ondas, geladeiras e máquinas de lavar, por exemplo. Além disso, também inclui aparelhos menores, como furadeiras, panela elétrica, processador de alimentos, purificador de água, secador de cabelo, ventiladores e liquidificadores, além de qualquer tipo de pilha ou bateria.

“Infelizmente, vivemos em uma sociedade que não separa o lixo adequadamente”, lamenta a bióloga, Jussara Souza. “A separação do orgânico e reciclável deveria ser algo natural dentro de casa. O lixo eletrônico também acaba no errado pela falta de conduta e comprometimento com a separação correta. Geralmente, as pessoas buscam o descarte correto quando é algo maior como um aparelho de televiso, por exemplo, mas mesmo assim ainda tem gente que coloca na frente de casa, ou descarta em um terreno baldio, para que o outro tenha a responsabilidade de dar o destino correto a esse tipo de lixo”.

A profissional declara que quando o lixo eletrônico é descartado inadequadamente tende a impossibilitar o processo de reciclagem. “Se esse material vai parar em uma entidade ou associação de catadores de material de reciclagem, ele vai ficar lá parado, pois esses locais não tem o suporte técnico para promover o processo de reciclagem de um aparelho celular, baterias ou pilhas. Esse acúmulo nas entidades vai gerando outro problema que pode ser a falta de espaço para esses materiais”, aponta.

Jussara alerta que as baterias, pilhas e equipamentos eletrônicos em geral possuem substâncias que podem causar sérios danos ao meio ambiente se foram descartadas em aterros sanitários, em terrenos baldios, ou em rios. Ela cita que são produtos que levam muitos anos no processo de decomposição, por isso, precisam ter o destino correto.

LEGISLAÇÃO NACIONAL – A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010) atribui ao fabricante a obrigação de dar o destino, processo também chamado de ‘logística reversa’. Cabe aos proprietários dos equipamentos entregá-los para que possam ser corretamente descartados e reciclados.

O Decreto Nº 10. 240, de 12 de fevereiro de 2020, normatizou o sistema de logística reversa no Brasil. Ele estabelece um percentual de equipamentos a serem coletados e de municípios com serviços de logística reversa, visando a chegar a 400 até 2025. Cada cidade dessas deverá instalar um ponto de coleta a cada 25 mil habitantes.

ECOPONTO – Toledo tem realizado com periodicidade as ações do Ecoponto Itinerante. O projeto prevê a coleta não apenas de lixo eletrônico, mas também de entulhos, móveis, restos de madeiras, entre outros tipos de lixos que poderiam vir a ter um descarte incorreto, mas que com essas ações não irão parar no meio ambiente, tão pouco servirem como criadouros do mosquito da dengue. A ideia é que o Ecoponto Itinerante circule por todas as regiões do município de acordo com a demanda.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Agência Brasil