Dengue: início de novo período epidemiológico exige conscientização

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A Secretaria de Estado da Saúde publicou o informe da dengue número 43, que encerra o período epidemiológico 2020/2021. Diferente do período anterior, Toledo não enfrentou uma epidemia da doença. Os números gerais ainda não foram contabilizados, pois o setor da Vigilância Epidemiológica e de Endemias aguardam os resultados de alguns casos que ainda estão em análise.

Os dados prévios apontam que no período epidemiológico 2020/2021, o município teve 499 notificações, sendo 55 casos confirmados autóctones – contraídos dentro do município – e nove casos importados. “Nos próximos dias teremos os números gerais. Somente após os resultados os casos que ainda estão em análise é possível concluir esse fechamento”, pontua a coordenadora do setor de Endemias de Toledo, Lilian Fátima Konig. “Contudo, Toledo avançou muito e foi possível passar o período sem termos uma epidemia”.

Lilian cita que cada notificação é tratada como um caso positivo no sentido de medidas de bloqueio, pois dessa forma, mediante o resultado já é possível a proliferação do mosquito Aedes aegypti e que mais pessoas sejam contaminadas. Ela declara que neste novo período epidemiológico que se inicia os trabalhos dos Agentes de Endemias e demais colaboradores do setor seguem a mesma conduta.

MAPA EPIDEMIOLÓGICO – No perímetro urbano, as regiões com maior incidência de casos foram os jardins Santa Clara IV, Panorama e São Francisco e o Centro. Já no interior, foi o distrito de Dois Irmãos. “Conseguimos agir com rapidez no interior, detectar o foco das lavas e solucionar o problema da infestação. Se isso não tivesse ocorrido, acreditamos que muitas pessoas da comunidade poderiam ter sido contaminadas”, relata a coordenadora.

Segundo Lilian, para o período epidemiológico que se inicia existe a preocupação em manter os índices. Ela pontua que o próximo Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) deve acontecer em setembro e é importante atender a expectativa de que o resultado do município esteja dentro do preconizado pelo Ministério da Saúde que é 1%.

“Tivemos algumas ondas de frio intenso e mesmo assim encontramos diversos criadouros dos mosquitos. Ou seja, o frio não está matando as larvas. Cabe a população manter os cuidados, mesmo no período de inverno, para que não ocorra a proliferação, pois o vírus continua em circulação. Os números é resultado dos esforços de todos, pois envolve cada cidadão”, declara Lilian.

AÇÕES DE COMBATE – O Município tem realizado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental e Saneamento os trabalhos do Ecoponto Itinerante. A ação separa um espaço para a comunidade atendida fazer o descarte correto de móveis velhos, eletrodomésticos e eletrônicos, colchões, madeira e restos de podas de árvores, evitando que esses materiais fiquem acumulados nos quintais e lotes.

Da Redação

TOLEDO