Estiagem aumenta incidência de queimadas

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O tempo seco e quente e os fortes ventos dessa época do ano podem aumentar o risco de queimadas. A estiagem que a região Oeste enfrenta acaba agravando a situação e os focos de incêndio tornam-se cada mais comum neste período.

Uma pequena bituca de cigarro jogada em uma vegetação seca pode provocar um grande incêndio. Queimadas em terrenos baldios podem sair do controle; a beira de estradas e rodovias elas apresentam um perigo para o trânsito; além de danificar redes elétricas, as queimadas prejudicam a saúde da população.

Os incêndios ambientais têm a característica da sazonalidade, ou seja, têm reflexo direto com o período do ano. Nos meses de estiagem, há um aumento nos números desse tipo de ocorrência atendidas pelo Corpo de Bombeiros. Segundo dados da corporação em Toledo, durante o mês de julho e os primeiros 15 dias de agosto de 2020 foram atendidas 18 ocorrências de incêndios ambientais.

Por sua vez, no mesmo período de 2021, foram 48 atendimentos. “Houve um acréscimo na quantidade de ocorrências de incêndio ambiental no ano de 2021. Com um aumento de 266% quando comparado com o mesmo período do ano anterior”, comenta o 2º tenente Eduardo Ortiz Novinski.

Os incêndios ambientais podem surgir com ou sem o auxílio da atividade humana, devido as razões naturais como estiagem, temperatura e umidade relativa do ar comprometida. No entanto, grande parte dos focos de incêndio teve influência do homem. “É fato que o ser humano é um dos principais causadores dos incêndios ambientais, pelos mais variados motivos”, cita.

O tenente Novinski aponta que a maior incidência das ocorrências de incêndios ambientais na região de Toledo é na região urbana, em lotes e terrenos baldios. “Muitos incêndios acontecem em decorrência do uso do fogo para a limpeza de terrenos, onde o fogo pode sair de controle e iniciar um incêndio. Podendo, inclusive, afetar e danificar redes elétricas com o rompimento de cabos, com o risco de causar graves acidentes, bem como deixar localidades inteiras sem energia elétrica”.

PERIGO – Outro grande problema apontado pelo tenente é o incêndio em margem de rodovia e estrada. A fumaça prejudica de forma muito significativa a visibilidade dos motoristas e pode provocar acidentes graves. Ele enfatiza que a principal recomendação é que não seja utilizado o fogo para o manejo de áreas, pois existem outras formas mais seguras para a manutenção desses locais.

“Além disso, deve-se chamar a atenção que provocar incêndios ambientais é crime. Em nossa legislação temos a Lei 9.605/98 que dispõe sobre sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. No artigo 41 da referida lei é determinado que provocar incêndios em mata ou floresta é crime, inclusive na forma culposa, o ‘sem querer’, e tem como penalidade máxima reclusão de dois a quatro anos e multa”.

PREJUÍZOS – Além do risco a vida, os incêndios provocam muitos prejuízos ambientais e econômicos. Além da diminuição de biodiversidade, do desequilíbrio ambiental e da erosão do solo, a propagação do fogo ainda gera problemas econômicos e humanos. “Considerando, ainda, que devido aos danos do fogo no solo, por vezes é necessário fazer correções na terra com uso de produtos específicos”, conclui.

Da Redação / TOLEDO