Florada do ipê espalha beleza pela cidade

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Nesta época do ano as ruas da cidade são tomadas pelo colorido da florada dos ipês. Com tons amarelo, rosa, roxo e branco as árvores presenteiam a população com um lindo espetáculo. Irresistível não eternizar essa beleza através de uma fotografia. Em cada canto da cidade, as flores dos ipês dão um toque diferente a paisagem. A árvore encanta até quando olhamos para o chão.

O inverno no Paraná é sempre marcado pela florada dos ipês que pode ocorrer com maior ou menor intensidade. Essa mudança pode ter influência das condições climáticas. O engenheiro florestal da Secretaria do Desenvolvimento Ambiental e Saneamento, Paulo Jorge Silva de Oliveira, comenta que o volume de chuva e a intensidade do frio podem interferir no ciclo dos ipês.

“Independente da cor do ipê, a árvores sempre florescem no inverno. São as baixas temperaturas que ativam o processo de florescimento, mas como esse ano é muito atípico, além de seco não está muito frio e isso acaba alterando o processo de florescimento”.

Um Inverno com temperaturas muito baixas, combinado com a seca, sincroniza a floração. Oliveira explica que apesar da frente fria que teve em alguns períodos deste inverno, as baixas temperaturas não permaneceram por vários dias seguidos interrompendo o processo fisiológico da planta e atrasando o processo de florada das árvores. “Muitos intervalos de calor e frio dão uma desregulada na planta, por isso ainda poderemos ver alguns ipês florindo mais tarde”.

RENOVAÇÃO – O ipê é a árvore-símbolo do Brasil e indicada para arborização viária urbana, pois como suas raízes são profundas, não comprometem as calçadas. Sua florada acontece justamente na transição entre o inverno e a primavera. O ipê-roxo é o primeiro a florir: de junho a agosto nas regiões quentes, um pouco antes nos locais mais frios.

Já o ipê-amarelo floresce entre agosto e setembro e o ipê-branco, de setembro a outubro. “A florada do ipê é um processo de renovação, a árvore sofre a desfolha que dá lugar as flores lindas e coloridas”, comenta.

Na época da elaboração do Plano de Arborização, em 2013, Toledo tinha cerca 2.100 ipês (branco, amarelo, rosa e roxo). O engenheiro florestal estima que essa quantidade tenha dobrado em oito anos. Eles estão plantados em todos os bairros, principalmente na área do passeio provendo sombra para o pedestre e os imóveis.

A remoção do ipê e de outras árvores que estão no percurso do passeio público só deve ser feita mediante autorização do Município. O engenheiro florestal Paulo Jorge Silva de Oliveira reforça que o cidadão deve fazer um pedido via protocolo na Prefeitura justificando a necessidade de retirada da árvore.

“Será feita uma avaliação para entender a necessidade da retirada da planta, se ela está prejudicando a tubulação e rede elétrica, a sanidade da planta, se tem algum tipo de cupim, apodrecimento do tronco, se está inclinada, entre outros fatores”, pontua ao lembrar que uma árvore adulta também é um purificador de ambiente.

Curiosidades

Além da beleza, o ipê também é utilizado na construção civil em pontes, vigas, caibros, portas, janelas, batentes, guarnições, rodapés, decks, forros e lambris. O nome ipê é originário da língua tupi e significa casca dura. Antigamente, os índios utilizavam a madeira destas árvores para fazer arcos de caça e de defesa, conhecidos como pau d’arco. O material também foi bastante usado na construção de telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII.

Da Redação

TOLEDO