Grupo de pesquisadores da UTFPR obtém concessão de patente

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O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu a primeira patente elaborada pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Toledo, intitulada: “Determinação de turbidez por análise estatística de imagens (BR1020160281075)”. A concessão ocorreu no fim do mês de julho deste ano.

Os trabalhos ocorreram no ano de 2016. A pesquisa multidisciplinar – que originou a patente – contou com a participação direta do discente do 5º período do Curso de Engenharia Eletrônica, David Antônio Brum Siepmann, que após graduar em 2019, ingressou no Programa de Pós-Graduação em Tecnologias em Biociências em 2020, obtendo o título de mestre em 2023. Os outros inventores são os professores Alberto Y. Nakano, Felipe W. D. Pfrimer e Ricardo Schneider que têm desenvolvido diversos trabalhos em conjunto.

A patente foi protocolada no INPI em 2016 pela Agência de Inovação da UTFPR e teve o envolvimento da Divisão de Propriedade Intelectual do campus Toledo (DIPIN-TD) e do Núcleo de Inovação Tecnológica do campus Toledo (NIT-TD), com atuação e participação direta do professor Jefferson Gustavo Martins e do servidor Ivanir Marchetti.

A patente busca medir a turbidez, um parâmetro de qualidade de água, por método nefelométrico simples, envolvendo processamento digital de imagens. Os inventores acreditam que o envolvimento de discentes dedicados sempre em busca de conhecimento são a chave para o desenvolvimento tecnológico contínuo e geração de propriedade intelectual.

“Foi muito gratificante os alunos envolvidos bem como a equipe de professores da UTFPR sabem do tempo necessário para se conseguir esse tipo de documentação frente ao Instituo Nacional de Proteção Intelectual. Os processos, a partir do depósito, levam mais de cinco anos mostrando a dedicação necessária para chegar a este estágio”, declarou o professor de Química Inorgânica/Materiais, Ricardo Schneider.

Os princípios envolvidos na patente BR102016028107-5 foram empregados em outras produções científicas do grupo, além de um novo depósito de patente considerando o leite que é matéria prima para diversos produtos de alto valor agregado.

COMERCIALIZAR A IDEIA OU PRODUTO – Com a proteção intelectual, segundo Schneider, uma empresa pode comercializar a ideia ou produto derivado desta sendo a única então habilitada a produzir o produto/serviço comercialmente. “Neste caso, a empresa tem, quando firmado o licenciamento com os inventores, o direito comercial exclusivo se assim desejar. Isso gera segurança para empresa para investir, pois será a única a poder explorar a ideia do ponto de vista comercial.  Termos simples, a Universidade pode agora licenciar a invenção para um parceiro que terá os direitos comerciais deste”, pontuou

DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS – O professor acrescentou que o desenvolvimento tecnológico é de extrema importância para a sociedade e com ele ter a chance de superar os problemas enfrentados. Schneider pontua que os avanços podem ser desde novos instrumentos para monitoramento da qualidade de água, como é o caso, mas também de novos produtos para alimentos, indústria, medicina, entre outros.

“É essencial que uma sociedade através das universidades consiga engajar estudantes para o desenvolvimento de soluções tecnológicas. Isso leva ao desenvolvimento econômico, redução da dependência tecnológica externa e pode gerar empregos e produtos de alto valor agregado essenciais para uma sociedade moderna”, destacou ao enfatizar a importância da pesquisa nas mais diversas áreas.

ABORDAR E ESTUDAR SOLUÇÕES – As universidades com seus alunos e pesquisadores, de acordo com o professor, estão sempre dispostos a abordar e estudar soluções para problemas regionais e até de maior abrangência. “O importante de tudo é que isso seja feita com nossos estudantes, motivando para a criação de uma cultura de desenvolvimento e pesquisa na nossa região”, finaliza o professor de Química Inorgânica/Materiais, Ricardo Schneider.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Assessoria

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