Horta da Fazenda da Esperança produz conhecimento e produtos com qualidade

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Alface, temperos, tomate, cenoura, couve, entre outros alimentos. Estes são os frutos do projeto da horta desenvolvido na Fazenda da Esperança Cristo Rei. Inicialmente, criado como uma maneira de manter a alimentação aos acolhidos, o projeto passou a ter outro objetivo, além do plantio, da terapia, agora os produtos são comercializados na Feira do Produtor.

De acordo com o responsável e presidente da Fazenda da Esperança Cristo Rei, Adriano Viana Moreira, o trabalho na horta iniciou com as atividades ofertadas na entidade: há 21 anos. Primeiro como um meio de subsistência alimentícia. Na sequência, ela ganhou nova finalidade, como a possibilidade de auxiliar aos acolhidos, que nela trabalham, um processo de recuperação.

“Os próprios acolhidos que nela realizam a sua laborterapia, com o apoio de alguns voluntários que por ela passaram, foram dando forma e vida. Os obstáculos encontrados foram praticamente em decorrência da condição climática, como falta de chuva ou a inexperiência de alguns em como lidar com horta”, revela Adriano.

PRIORIDADES – Atualmente três acolhidos e um voluntário assumem a manutenção da horta. O presidente da entidade esclarece que dentro do programa de recuperação existe o tempo da chamada “laborterapia”. Ele comenta que as atividades são realizadas nos períodos da manhã ou da tarde. “Para os voluntários que trabalham na horta possibilitam o tempo para o cultivo, a manutenção e a aprendizagem no manuseio das técnicas básicas de agricultura”.

A Fazenda da Esperança possui uma variedade de culturas. Desde alface ao hortelã; passando pelo cultivo da abóbora ao jiló; temperos verdes; beterrabas ou quiabos. A maior parte do cultivo ainda é a folhagem, com destaques para couve, alface, almeirão, chicória, rúcula, salsa e cebolinha.

Conforme Adriano, atualmente, a Fazenda está sócia da Associação dos Feirantes de Toledo. (Afertol). “Os nossos produtos são disponibilizados em dois pontos de comercialização: o do Centro, nas quartas e no bairro Jardim Coopagro, nas quintas”.

COOPERAÇÃO – O presidente da entidade menciona que a horta da Fazenda é um dos meios de manutenção da instituição e uma escola de aprendizagem aos voluntários. “Quem trabalha nela não apenas planta, e sim, cada participante convive entre si, aprende a colaborar com o próximo, a ser solidário e a ter compromisso”, declara Adriano ao enfatizar que a horta fornece produtos saudáveis e com qualidades para a população.

A sociedade é a prioridade da Fazenda quando o assunto é o consumo dos produtos. O responsável pela entidade diz que o cidadão ao comprar os legumes ou as verduras da horta colabora com a sua manutenção, como também no estímulo aos acolhidos que nela trabalham. “Por darem a eles a possibilidade de se verem partícipes da sociedade como produtores”, destaca Adriano.

MISSÃO – A Fazenda da Esperança tem como alicerce a prática cristã de viver o Evangelho no dia a dia. A entidade busca, dentro do processo de recuperação, viver concretamente a mensagem de Jesus como princípio norteador de uma nova vida. “Isso faz com que o acolhido se veja impelido a ser outra pessoa onde, os valores cristãos sejam para ele um caminho”, afirma Adriano.

Ele complementa que ao viver a Palavra, fazendo dela um estilo de vida, o acolhido encontra sentido para aquilo que busca, como “ser um homem novo, transformado através da prática do amor pelo próximo, da capacidade de recomeçar a vida, de perdoar e se perdoar, de assumir verdadeiramente a vida como compromisso e dom de Deus”.

Segundo o responsável pela Fazenda, a experiência para estra transformação acontece a partir de uma construção metodológica de 12 meses. “A condição para o sucesso nesse processo é o desejo de abandonar os vícios. Aprendizagem de atividades, convivência comunitária e aquisição de valores espirituais são os meios pelos quais cada acolhido encontra para se construir como nova pessoa”, destaca Adriano ao desejar a cada pessoa que acredita na recuperação humana, as bênçãos divinas. “Em última instância, a Fazenda quer ser apenas uma nova possibilidade de qualquer vida se recuperar e voltar a viver com dignidade”.

Da Redação

TOLEDO