Novo método de monitoramento do mosquito do Aedes Aegypti é implantado na Regional

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O crescente aumento de casos de dengue continua preocupando as autoridades. Atualmente, o Paraná registra 150.752 casos notificados, com 56.191 confirmações. São 12.440 casos a mais, um aumento de 28,43% em relação aos números do informe anterior. Os dados são do 38º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022, divulgado na última terça-feira (17).

Eliminar o mosquito da dengue é fundamental para reduzir os casos da doença. E a participação da população é essencial no trabalho de vistoria dos locais para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, presente em lotes e residências.

Na 20ª Regional de Saúde, o 38º Informe Epidemiológico traz a confirmação de 6.213 casos de dengue. O município de Assis Chateaubriand, com 300 casos confirmados, iniciou nesta semana um trabalho de implantação das ovitrampas, um dispositivo para mensurar como está a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Ovitrampas são armadilhas construídas com vaso de planta preto, preenchido com água – elemento atrativo para o mosquito, que fica posicionado em um local e simula o ambiente perfeito para a procriação do inseto. Dentro do recipiente, há uma palheta de madeira que facilita que a fêmea bote os ovos.

A ação é importante para acompanhar o desenvolvimento do mosquito, avaliar as armadilhas e também é um protocolo necessário para a vinda do fumacê, uma solicitação do Município junto ao Governo do Estado. O chefe da 20ª Regional de Saúde Fernando Pedrotti explica que outros municípios também solicitaram a aplicação do fumacê, a qual somente ocorre a partir do preenchimento de uma série de pré-requisitos e da análise de vários critérios técnicos.

A liberação do fumacê é uma ação regida pela Resolução 459/2014, sendo necessária a apresentação de documentação necessária e a avaliação da situação para a utilização do equipamento de Ultra Baixo Volume acoplado a veículo (UBV pesado). “Assis Chateaubriand foi o primeiro município a se enquadrar em todos esses pré-requisitos e critérios técnicos estabelecidos. Temos outros municípios em análise”. Via de regra, estando em epidemia, os municípios fazem essa solicitação e alguns deles até mesmo sem que estejam (sendo este um dos critérios e pré-requisitos)”.

PROTOCOLO – O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, Felipe Hofstaetter Zanini, pontua que o município de Assis Chateaubriand apresentou os anexos II, III e IV da Resolução 459/2014. “A partir disso foi solicitado que o município executasse o 3º ciclo de Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) onde apresentou índice de infestação 3,70% em média e bairros que atingiram 11,3%. Foi solicitado análise do intervalo de casos novos, por início dos sintomas de uma intervalo de 11 semanas (7º a 18º Semana Epidemiológica) onde identificamos que o pico de casos da 20ª RS foi na 13º Semana Epidemiológica com 1.029 casos registrados”.

Zanini enfatiza que o sistema de monitoramento por armadilhas Ouvitrampa, implantado até então por Assis Chateaubriand, poderá trazer um panorama da situação da dengue e, posteriormente, a aplicação do fumacê para eliminar os mosquito adultos. “Acreditamos que o clima, se permanecer assim, será favorável para baixar os casos de dengue e os demais municípios que solicitaram, terão a devida avaliação para a execução ou não. É importante ressaltar que não é a 20ª RS que faz a liberação. Nós apenas encaminhamos o documento. A autorização é do COE”, finaliza.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Assessoria

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